PF faz operação contra desmatamento e comércio ilegal de madeira em terra indígena

Corporação cumpre seis mandados de busca e apreensão em aldeias indígenas na região de Tocantínia, Rio Sono e em Pedro Afonso

Crédito: Divulgação/Polícia Federal

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira, 23, a “Operação Quebra-Galho”, com o objetivo de desarticular quadrilha suspeita de desmatamentos na terra indígena Xerente, localizada em Tocantínia. 

 

Ao todo, 52 policiais federais cumpriram seis mandados de busca e apreensão expedidos pela 4ª Vara Federal de Palmas, nos municípios de Tocantínia,  Rio Sono e em Pedro Afonso.

 

Investigações


As investigações revelaram que vem ocorrendo, de forma sistemática, desmatamentos nas aldeias indígenas da etnia Xerente há vários anos. Indígenas e não-indígenas casados com indígenas são suspeitos de estarem praticando o desmatamento e a venda ilegal de madeira para comerciantes e atravessadores de cidades próximas as aldeias.


De acordo com a PF, foram identificados 16 suspeitos de terem participação ativa nos desmatamentos e comércio da madeira retirada ilegalmente.


Os atravessadores, por sua vez, compram a madeira derrubada e fornecem insumos aos índios, como motosserras, gasolina, transporte e demais materiais necessários para a extração ilegal do vegetal.


Com o cumprimento das medidas, a Polícia Federal pretende identificar todas as pessoas que têm envolvimento com os crimes ambientais ocorridos, bem como os compradores finais da madeira (receptadores).


Os envolvidos poderão responder pelos crimes de desmatamento de florestas em terras de domínio público, associação criminosa e receptação, cujas penas somadas podem chegar a dez anos de reclusão.

 

Operação Quebra-Galho


Quebra-Galho é um recurso a que se recorre para resolver problemas ou dificuldades. É uma alusão ao nome do local onde ocorreu grande parte do desmatamento objeto de investigação deste IPL, ou seja, no entorno do córrego Galho Grande, na mata Jenipapo – TI Xerente, Tocantínia.

 

 A operação contou com o apoio da Polícia Militar, Centro Integrado de Operações Aéreas-CIOPAER/TO e da Fundação Nacional do Índio – FUNAI.

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