PL sobre autarquia da Unitins gera debate entre estudantes e deputados nas redes

Desde o último sábado, 18, o Projeto de Lei que transforma a Unitins em autarquia tem gerado debate no Facebook entre deputados e estudantes

Sede da Unitins em Palmas
Descrição: Sede da Unitins em Palmas Crédito: Foto: Divulgação

A votação do Projeto de Lei que transforma a Fundação Universidade do Tocantins (Unitins) em autarquia tem sido motivo de debate acalorado na rede social Facebook entre deputados e internautas desde o último fim de semana. O post foi publicado no último sábado, 18, pelo professor Luciano Coelho, e nesta terça-feira, 21, já acumulava mais de 200 comentários e vários compartilhamentos.

 

Os deputados Eduardo Siqueira (DEM), Luana Ribeiro (PDT) e Amélio Cayres entraram no debate após o professor chamar a atenção para as questões que estão impedindo o PL de ser aprovado, entre elas a cor da logomarca da instituição, citando inclusive os deputados Olyntho Neto e Luana Ribeiro, que pediram vistas do projeto.

 

“Daí vem o inusitado! Deputados iluminados, entendedores de educação igual pedreiro entende de astronomia, dentre eles Olyntho Neto e Luana Ribeiro, pediram vistas questionando as eleições diretas para reitoria e a cor da logomarca da instituição. Pasmem! Isso mesmo, a cor da logomarca! Ora, porque não aprovaram eleições diretas para diretores da rede estadual de ensino?”, afirma o professor.

 

Luana Ribeiro responde o professor, apontando vários questionamentos. “(...) Você sabia que titularidade conta para universidades? Não estou inventando nada, mas no MEC titularidade conta pontos! E quem quer mudar as cores da UNITINS não somos nós e sim o projeto que veio do governo, que por sinal é ridículo querer incluir o vermelho que não faz parte das cores dos símbolos oficiais do Estado. Nós a tornamos pública, nós colocamos emenda para a UNITINS. É obrigação nossa analisar os processos que chegam à casa. Querer que reitor tenha no mínimo mestrado é primar pela qualidade da educação”, postou a deputada.

 

Concurso

O post traz outro tema polêmico que é o  concurso realizado pela Unitins em 2014, que está sub judice, para professor universitário mestre e doutor. Várias falhas foram apontas pelo Ministério Público Estadual quanto à realização do certame. O deputado Eduardo Siqueira, em seu comentário no post, afirma que é a favor da autarquia, porém sai em defesa da posse dos professores aprovados neste concurso. “Mas vai a 1ª pergunta: por que não empossar os mestres e doutores que passaram no concurso público? Quem tem medo de acesso à Unitins de Doutores e Mestres aprovados em concurso público?”, diz o parlamentar.

 

Um acadêmico entra no debate e diz que a matéria parada na Assembleia está nesta situação por “politicagem” e diz: “(...) deputados vamos primeiro dar autonomia para a UNITINS, em seguida concurso público e continuar ajeitando a casa para que um dia a politicagem das eleições diretas para reitor não destrua o que está sendo construído com tanto esforço e sacrifício. Pois eu e os meus 800 colegas do Campus de Augustinópolis sentimos na pele todos os dias o quanto foi difícil chegar onde chegamos. O que era o nosso campus em 2015 e o que temos hoje”.

 

Os comentários não param e Eduardo permanece incisivo na defesa da posse dos professores aprovados. O deputado cita um Termo de Ajuste de Conduta firmado entre o Ministério Público, Procuradoria do Estado e Unitins. “É preciso também saber se não houve acordo com a justiça sobre a posse e se não há um TAC a ser cumprido. Ou alguém vai questionar o MP é um TAC? Encerro dizendo, quem ajudou como eu fiz, enfrentando na tribuna, jamais vai querer atrapalhar a Unitins. Vamos ouvir antes? A reitora contou com a maior emenda pela Unitins que foi a minha, nada tenho contra ela , sou a favor da autarquia, apenas temos que clarear absolutamente tudo”.

 

O assunto é citado várias vezes e estudantes pedem que seja primeiro aprovada a autarquia e deixada que a questão do concurso seja solucionada pela própria justiça.

 

 

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