O Tocantins registrou queda significativa nos índices de pobreza e extrema pobreza entre 2023 e 2024, segundo a Síntese dos Indicadores Sociais (SIS). No período, a proporção de moradores em situação de pobreza caiu de 442 mil para 372 mil pessoas, uma redução de 69 mil tocantinenses. Isso corresponde a 23,9% da população com renda per capita inferior a R$ 694 por mês. A extrema pobreza também recuou, passando de 4,2% para 3,8%, o equivalente a menos 6 mil pessoas nessa condição, embora cerca de 60 mil ainda sobrevivam com menos de R$ 218 mensais.
A pesquisa aponta que, sem programas sociais como o Bolsa Família, a extrema pobreza no estado quase triplicaria, saltando para 10,3% da população. Já o índice de pobreza subiria para 31,6%. Além dos benefícios governamentais, o maior dinamismo do mercado de trabalho impactou positivamente a redução das desigualdades, especialmente entre os mais pobres.
Na educação, o Tocantins apresentou alta frequência escolar entre crianças e adolescentes: 99,5% das crianças de seis a dez anos e 99,9% dos jovens de 11 a 14 anos estavam na escola. A média de escolaridade dos tocantinenses de 18 a 25 anos atingiu 12 anos de estudo, acima da média nacional (11,9). Apesar dos avanços, o estado ainda tem taxa de analfabetismo maior que a do país: 6,6% da população acima de 15 anos, segunda maior do Norte.
A rede pública segue predominante no ensino básico (91,4% dos estudantes) enquanto apenas 8,6% frequentam instituições particulares. Em Palmas, porém, a proporção de alunos da rede privada é mais que o dobro da média estadual, chegando a 20,7%. No ensino superior, ocorre o inverso: 60,3% dos estudantes estão em instituições privadas.
O estado também contabilizou 79 mil jovens “Nenos”, aqueles que não estudam nem trabalham. Outros 100 mil estudavam, 167 mil estavam ocupados e 54 mil conciliavam estudo e trabalho.
O mercado de trabalho tocantinense alcançou, em 2024, a menor taxa de desocupação da série histórica iniciada em 2012: 5,5%. O nível de ocupação foi de 60,3%, com 754 mil pessoas trabalhando e 44 mil desocupadas. O rendimento médio real do trabalho principal chegou a R$ 2.671, e R$ 2.788 considerando todos os trabalhos da pessoa. O ganho por hora trabalhada ficou em R$ 16,8 no trabalho principal e R$ 16,9 na soma das ocupações.
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