A Polícia Civil do Tocantins instaurou ontem, 4, um inquérito policial para apurar supostos crimes contra a Administração Pública, que teriam sido praticados pelo deputado estadual Olyntho Neto (PSDB) e por seu ex-assessor Lívio de Morais Severino. As informações foram repassadas pela da Delegacia de Repressão a Crimes de Maior Potencial contra a Administração Pública (Dracma).
A polícia vai investigar uma possível ligação do deputado e de seu ex-assessor, com a empresa Sancil Sanantonio, supostamente de propriedade do pai do parlamentar, o ex-juiz eleitoral e advogado João Olinto. Mais de 90 toneladas de lixo hospitalar encontradas em um galpão em Araguaína foram o ponto de partida para a Operação Expurgo, deflagrada pela 4ª Delegacia de Polícia Civil de Araguaína, no começo deste mês de novembro.
De acordo com a Polícia Civil, no último dia 23 de novembro a Dracma recebeu denúncia anônima relatando que Lívio estaria negociando em nome da Sancil no município de Barra do Ouro. Com o aprofundamento das investigações, a Dracma informou ter constatado que Lívio, na verdade, estava lotado no gabinete do deputado, no cargo de assistente de gabinete das comissões permanentes.
Em consulta a cartórios, a polícia encontrou uma procuração pública da empresa Sancil, dando amplos poderes de representação ao assessor do deputado. “O inquérito policial instaurado objetiva apurar a existência de crimes contra a administração pública consubstanciados na utilização de servidor público para fins particulares”, informou a Dracma.
O ex-assessor era funcionário de Olyntho Neto desde junho de 2017 e foi exonerado no dia 22 de novembro deste ano, após o escândalo do lixo hospitalar vir à tona.
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