Polícia Federal cumpre mandados de prisão em Natividade por lavagem de dinheiro

O nome da operação faz referência aos apelidos utilizados entre os investigados. Dois mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão temporária nas cidades de Natividade e Imperatriz -MA.

Crédito: Da web

A Polícia Federal cumpre na manhã desta quarta-feira, 35, dois mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão temporária nas cidades de Natividade e Imperatriz, no Maranhão, todos expedidos pela 4ª Vara Federal de Palmas. A Operação recebeu o nome de 'Carotenóides' e visa desarticular uma organização criminosa voltada para o crime de lavagem de dinheiro. 

 

A investigação teve início com o desdobramento da operação “Reis do Gado”, deflagrada pela Polícia Federal em novembro de 2016 e investiga a utilização de “laranjas” para registro de bens móveis e imóveis, com objetivo de dissimular ou ocultar a origem ilícita dos recursos.

 

A ação de hoje visa aprofundar as investigações e tem como foco o escalão intermediário da organização criminosa, composto pelos investigados que figuraram como interpostas pessoas nos registros de veículos, assim como procuradores e intermediadores na negociação de fazendas, participando ativamente no processo de lavagem do dinheiro ilícito.

 

O nome da operação faz referência aos apelidos utilizados entre os investigados.

 

Reis do Gado

 

A Operação Reis do Gado foi deflagrada em  2016, quando foram cumpridos mandados no Tocantins, Distrito Federal, Goiás, Pará e São Paulo. Os ex-governadores do Tocantins Marcelo Miranda e Siqueira Campos chegaram a ser levados à sede da PF, em Palmas, para prestar depoimentos. O então secretário de infraestrutura Sérgio Leão foi preso temporariamente.

 

A investigação apontou um esquema de fraudes em contratos de licitações públicas com empresas de familiares e pessoas de confiança do ex-governador Marcelo Miranda. A Reis do Gado identificou lavagem de R$ 200 milhões.

 

A ocultação do dinheiro desviado ilicitamente, segundo a investigação, era feita por meio de transações imobiliárias fraudulentas, contratos de gaveta e manobras fiscais ilegais dentre os quais a compra de fazendas e de grandes quantidades de gado, por isso o nome da operação. Parte do valor teve por destino a formação de caixa dois para campanhas realizadas no Estado.

 

 A suspeita da PF é de que as fraudes ocorreram entre 2005 e 2012 e teriam movimentado ilegalmente R$ 200 milhões.

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