Depois de 70 dias de paralisação, os policiais federais do Tocantins encerraram a greve e retornaram ao trabalho nesta segunda-feira, 15. A decisão foi tomada na sexta-feira, 12, durante assembleia que reuniu os policiais federais que atuam na Superintendência em Palmas e na delegacia de Araguaína.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Tocantins (Sinpef), Leandro Salim, “a volta ao trabalho é um voto de confiança ao governo para que as negociações sejam retomadas com a categoria”, avaliou. Os policias querem a reestruturação das carreiras de agentes, papiloscopistas e escrivães.
Segundo o presidente do Sinpef-TO, a greve serviu para mostrar ao governo e a sociedade, os problemas que a instituição enfrenta, principalmente em relação o plano de carreira de algumas categorias da Polícia Federal.
Salim cita como exemplo os cargos de agentes e papiloscopistas. “O governo reconhece que estes cargos são de nível superior, mas paga salários de nível médio”, argumentou.
O presidente destacou também que, além dos investimentos em estrutura como armamentos e tecnologia de investigação, é importante que o governo valorize também o fator humano. “Sem ele não adianta outros investimentos”, lembrou.
Prejuízo
Para o presidente do Sinpef-TO, esta situação traz prejuízo à Polícia Federal, ao Governo e a sociedade. “Esta situação deixa os profissionais desmotivados e eles buscam outros concursos. Somente no último ano mais de 200 profissionais deixaram a Polícia Federal por este motivo”, afirmou Salim.
Greve justa
Salim deixou claro que a greve dos policiais federais foi uma greve justa. “Não foi uma greve por birra. Tanto que, nas eleições municipais todos voltaram ao trabalho para garantir a segurança na realização do pleito. A greve foi nosso último recurso para mostrarmos ao governo e a sociedade a nossa realidade”, justificou.
Segurança da Copa
O presidente do Sindicato garantiu ainda que a Polícia Federal tem plenas condições de fazer a segurança da Copa do Mundo. “Para fazer a segurança em eventos deste porte é necessário a soma de esforços de todas as forças de segurança, como Polícia Federal, Forças Armadas e as polícias estaduais numa ação conjunta”, argumentou.
Comentários (0)