Dando sequência à operação Catarse, iniciada pela Delegacia de Investigação Criminal de Araguaína para investigar supostos casos de servidores públicos fantasmas no governo do Estado, a Polícia Civil do Tocantins cumpre na manhã desta sexta-feira, 7, mandados de busca e apreensão no Palácio Araguaia, na Secretaria-Geral de Governo. Computadores e documentos estariam sendo apreendidos nesta manhã e alguns servidores públicos tiveram que deixar seus postos de trabalho para dar espaço ao trabalho da polícia.
A ação desta sexta investiga duas servidoras, uma enfermeira e uma farmacêutica, que teriam causado prejuízos de R$ 310 mil aos cofres públicos do Tocantins. Segundo informações apuradas pelo T1, ambas são concursadas no Estado, porém não estariam exercendo suas funções e continuavam recebendo seus salários normalmente. Os nomes das servidoras ainda não foram confirmados ao T1 Notícias pela Polícia Civil.
A enfermeira trabalhava no Hospital Regional de Araguaína, mas desde o ano passado estaria cursando medicina no Paraguai. Já a farmacêutica, que é proprietária de um hotel em Araguaína, estaria desde 2016 recebendo sem exercer a função.
Governo diz que servidor em desacordo com a lei será punido
Em nota enviada ao T1, o Governo do Tocantins informou que desde que assumiu o Executivo para um mandado tampão, a atual gestão instituiu um grupo de trabalho que está levantando toda a estrutura operacional e de servidores das diversas pastas do Governo, visando uma diminuição da máquina pública.
“Essa reestruturação já vem identificando e levantando informações sobre servidores que se encontram em situação de ausência no trabalho. Fruto da reestruturação, no caso da Secretaria de Governo, importante salientar que, ao assumir a gestão, a Secretaria contava com 1.020 servidores, atualmente 623 integram o quadro da Pasta”, informou o Estado.
O Governo também ressaltou que a operação da Polícia Civil colabora com o levantamento que vem sendo realizado pela gestão. “Por ter a capacidade de investigação policial, o trabalho da Polícia acrescenta muitas informações ao que já vem sendo feito pelo Governo, no sentido de apontar esses servidores e tão logo termine o período de vedação da Lei Eleitoral serão instaurados os devidos procedimentos administrativos contra os servidores identificados”, afirmou a gestão na nota.
O Governo ainda destacou que está colaborando com as investigações e que qualquer servidor encontrado em desacordo com a lei responderá ao devido processo
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