A Secretaria de Estado da Saúde (SES), através da Assessoria de Zoonoses e Animais Peçonhentos, alerta a população tocantinense sobre os cuidados que devem ser tomados com animais peçonhentos, a fim de prevenção, para que diminuam as incidências causadas por eles.
Os acidentes relacionados a animais venenosos no Tocantins é algo comum devido ao clima e pela diversidade no bioma da região. O principal agente causador de acidentes com animais venenosos no estado é o escorpião, e os cuidados com este animal são feitos de forma simples, como verificar calçados e roupas antes de usá-las, manter a casa sempre limpa, evitar entulhos próximos a residências, além de se atentar a limpeza constante de armários, guarda-roupas, isolar buracos em parede, utilizar ralos móveis e vedar caixas de gorduras e de esgotos.
A responsável pela área de Zoonoses e Animais Peçonhentos, Iza Alencar, explica que adotar medidas de cuidados e prevenção de acidentes é a forma mais eficaz para diminuir o número de casos no Estado. “Acidentes por animais peçonhentos é o terceiro agravo mais notificado no Tocantins.”
Em 2019, foram contabilizados 5.279 casos. Destes, 2.007 casos foram causados por escorpiões; 1.020 por serpentes, 629 por abelhas, 436 por arraias, 271 por aranhas e 209 por lagartas. Já no ano de 2020, entre os meses de janeiro e agosto (dados referentes até o útlimo dia 20), o Estado já conta com 3.019 casos, sendo 1.085 por escorpiões, 697 por serpentes, 271 por abelhas, 263 por arraias e 193 por aranhas. Ocorreram também acidentes em menores quantidades causadas por marimbondos, arraias, lacraias, formigas e bagres.
Ainda conforme a área técnica, em caso de acidentes por qualquer um deste tipo de animal, o aconselhável é não tentar furar, cortar, espremer, ou até mesmo fazer sucção no local atingido, é sugerido que imobilize imediatamente o membro atingido e mantenha-o em posição elevada. Conforme a SES, existem 37 unidades de saúde no estado capacitadas para realizar o tratamento dos acidentados.
O que são
Animais peçonhentos são os que produzem uma peçonha venenosa ou órgão secretor (glândula), e contém uma ferramenta capaz de injetar tal peçonha na sua presa ou predador, podendo ser dentes modificados, ferrão, aguilhão, cerdas urticantes, entre outras.
Procedimentos
Em caso de encontrar algum destes animais em residência é importante acionar o serviço de vigilância em saúde do município, que os profissionais capacitados irão orientar como proceder para captura ou identificação da espécie. Se ocorrer acidente, a pessoa deve buscar imediatamente o atendimento médico mais próximo e, se possível, levar o animal causador.
Segundo o Artigo 32 da Lei de Crimies Ambientais – Lei 9605/98, é crime qualquer conduta que gere atividades lesivas ao meio ambiente, bem como abusar, causar maus-tratos ou mutilar animais. A pena pode ser de três meses a um ano e multa.
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