Por falta de segurança em unidades, funcionários dos Correios entrarão em greve

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos, a greve é em função da falta de segurança nas unidades dos Correios, que tem sido alvos constantes de assaltos no Tocantins

Greve dos trabalhadores dos Correios começa amanhã
Descrição: Greve dos trabalhadores dos Correios começa amanhã Crédito: Foto: Divulgação

O Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos do Tocantins (Sintect) emitiu nota pública convocando os funcionários da empresa para uma paralisação por tempo indeterminado, prevista para começar nesta quinta-feira, 11.

 

Segundo o sindicato, a greve é em função da falta de segurança nas unidades dos Correios, que tem sido alvos constantes de assaltos no Tocantins. “Falta segurança nas unidades dos Correios no Tocantins, tanto nas agências, que são alvos constantes de assaltos, quanto para com os carteiros que passaram a ser vítimas da ação de bandidos em nosso Estado e pelo fato de a empresa não realizar investimentos em segurança para os trabalhadores e trabalhadoras de todo o Estado, pelo contrário, em uma decisão absurda, a direção da empresa decidiu retirar vigilantes de unidades no Tocantins”, justifica o Sintect.

 

Ainda segundo o Sindicato, a greve ocorrerá até que sejam retomados os postos de vigilância armada nas unidades e feita a implantação de dispositivos de segurança nas unidades que ainda não possuem. “Infelizmente, esse é o único caminho que a direção da Empresa deixou aos trabalhadores e trabalhadoras, pois em todo o momento foi posto pela ECT que essa medida visa reduzir despesas, mas não há nenhuma preocupação com a vida dos funcionários e funcionárias. Esperamos que toda a categoria se una, por mais segurança nas unidades e melhores condições de trabalho!”, convoca o Sintect.

Correios garantem que não haverá prejuízos para clientes

 

Em nota à imprensa, os Correios afirma que o Sintec não apresentou documentos que garantem a legitimidade da paralisação e que, caso haja, a paralisação será parcial e isolada. Com isso, de acordo com o Correios, “não haverá prejuízo ao serviço de entrega e que as agências ficarão abertas”.

 

Confira nota na íntegra:

 

 

Nota à imprensa

Até o momento, o Sintect/TO não apresentou aos Correios os documentos que comprovam e garantem a legitimidade da paralisação (edital de convocação da assembleia, comunicado e ata de deflagração da greve), conforme previsto na Lei 7.783/1989.

Informamos ainda que, caso haja paralisação, ela será parcial e isolada. Conforme levantamento realizado na manhã de hoje, o número de empregados que deverão aderir à paralisação é menor que 5%. Dessa forma, os Correios garantem que não haverá prejuízo ao serviço de entrega e que as agências ficarão abertas.

Investimento

Os Correios investem em diversas medidas de segurança visando atender, sobretudo, à segurança dos seus trabalhadores. As agências de Correios no Tocantins, que funcionam como Banco Postal, estão equipadas com Circuito Fechado de Captação de Imagens (CFTV), alarme e cofre. Além disso, 32 agências possuem vigilantes armados e 2 unidades possuem porta com detector de metais. Até o final do ano, mais 11 agências terão portas com detector de metais; somente neste item de segurança os Correios investiram mais de 200 mil reais.

No Tocantins, desde o início do ano, a Diretoria Regional dos Correios tem trabalhado em conjunto com Polícias Militar, Civil e Federal visando trocar informações e agilizar a identificação/prisão dos assaltantes. A Empresa não têm medido esforços para garantir a segurança dos seus empregados; todavia, infelizmente, os Correios, assim como toda a sociedade, são vítimas dos problemas relacionados à segurança pública.

Vigilância Armada

Devido à crise na econômica brasileira, no ano passado os Correios sofreram um prejuízo de 2,1 bilhões de reais. Dessa forma, a Administração Central da Empresa vem realizando ajustes em suas contas orçamentárias com objetivo de equilibrar receitas e despesas, e garantir a continuidade dos serviços prestados à população. Como reflexo desta medida, houve uma redução orçamentária para a manutenção do serviço de vigilância armada em agências do Tocantins, o que impossibilita a renovação do contrato de serviço em seis unidades. Todavia, ressalta-se que tais unidades possuem câmeras de segurança, alarme e cofre.

 

(Atualizada às 15h57)

 

 

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