A Secretaria Municipal da Saúde de Araguaína enviou nota pública à imprensa no final da manhã desta quinta-feira, 24, informando que a organização social IBGH (Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar), alvo de operação da Polícia Federal, deflagrada hoje, não possui mais qualquer vínculo com o Município.
“Em abril do ano passado, a Secretaria da Saúde e o IBGH assinaram um distrato, pois a organização, alegando prejuízos financeiros, queria aumentar o valor do contrato, o que não foi aceito pela secretaria. Diante da negativa do Município em elevar os valores, o próprio IBGH propôs o encerramento das atividades, o que acabou ocorrendo”, pontuou a prefeitura.
A gestão ainda reforça que a organização não atende mais a população de Araguaína desde o final de abril 2018. “Além disso, a Secretaria da Saúde de Araguaína informa que, dentro do período de trabalho do instituto, todos os serviços foram prestados e com a população sendo devidamente atendida. Como já informado pela Procuradoria Jurídica do Município, os esclarecimentos e documentos sobre a realização efetiva destes serviços estão sendo entregues às autoridades”, relatou o Município.
Atualmente, outra entidade está prestando os serviços de saúde que, segundo a prefeitura, foram ampliados com a entrada de operação da unidade de terapia intensiva (UTI) pediátrica no Hospital Municipal da cidade. “Os valores estão dentro da realidade financeira do Município”, finalizou.
Operação da PF
A PF deflagrou hoje a Operação Dèjá Vu, visando desarticular uma organização criminosa responsável por desvios de recursos federais destinados à saúde pública do município de Araguaína, na região Norte do Estado. As verbas desviadas foram repassadas pelo Fundo Nacional de Saúde (FNS) ao município, em serviços prestados de forma terceirizada pela organização social Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar (IBGH). O prejuízo aos cofres públicos teria sido de R$ 7 milhões, segundo divulgou a PF.
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