O presidente do Igeprev, Rogério Villas Boas, disse ao Portal T1 Notícias na tarde desta terça-feira, 6, que vai agendar com o presidente da Assembléia Legislativa sua ida à Casa para prestar todas as explicações aos deputados sobre a forma como são investidos os recursos do instituto.
“O que precisa ficar claro é que todas estas aplicações em fundos são fartamente regulamentadas. Hoje 80% dos recursos do Igeprev são aplicados em fundos de bancos de primeira linha e de liquidez imediata”, assegurou ele em entrevista.
Segundo Villas Boas, nos últimos anos a regulação evolui de tal forma que a proteção aos investimentos ficou muito maior. “Nós atendemos expressamente aos limites da 3922. O Igeprev não tem R$ 5 bi investidos, mas R$ 2,5 bilhões, que é o montante total dos recursos do fundo”, explica.
Os bancos em que os recursos estão investidos, em fundos, conforme determina a legislação e a regulação da CVM são o Banco do Brasil, a Caixa, Bradesco, Santander e HSBC, para citar os maiores.
Recursos suficientes
O Igeprev trabalha mensalmente com os recursos de contribuição, sem necessidade de mexer nos rendimentos dos fundos, explica o presidente, que assumiu o instituto em fevereiro deste ano.
“Nós pagamos a folha mensalmente com as contribuições dos aposentados e ativos e ainda sobram recursos para aplicação”, disse. A folha mensal custa em média R$ 18 milhões. Segundo os dados do Igeprev, o Estado conta com cerca de 35 mil servidores na ativa e 5.666 inativos.
Sem o que esconder
Explicando que não pode expor a carteira de investimentos do instituto, Villas Boas confirmou que irá à Assembléia responder aos questionamentos dos deputados sem nenhum problema.
“Para mim é uma honra ir à Assembléia. O que é ruim para o instituto é esta conversa de que exista alguma coisa obscura aqui. Pelo contrário. Temos reuniões mensais do conselho de Administração, na qual os servidores públicos têm seu representante, e reuniões bimensais do Conselho fiscal”, disse.
Para Villas Boas estas especulações de que os recursos possam não estar bem aplicados é negativa para o Igeprev. “Sobre déficit, há outra confusão, talvez por desconhecimento. Déficit atuarial é um cálculo que se faz com uma projeção para os próximos 70 anos”, conta.
Déficit Atuarial
Esta projeção sofre alterações a cada benefício concedido. “Sim, por que o servidor vai ter que receber isto lá adiante”, explica o presidente. A cada ano é feita uma análise deste déficit para o futuro.
Há também uma preocupação, segundo o presidente com a situação do Estado. “Não adianta ter um Instituto de Previdência forte e um estado quebrado. Estamos estudando alternativas para desonerar a contribuição ao longo dos anos, por que não se pode correr o risco de matar a galinha dos ovos de outor. Por enquanto a situação é confortável, por que o Estado é novo e não há muitos servidores se aposentando, mas no futuro isso tende a mudar”avaliou.
Nos últimos meses a gestão de Villas Boas zerou a demanda de mais de mil processos que aguardavam análise no órgão. “Todos foram analisados, concedidos ou indeferidos, mas não há nada atrasado mais por aqui”, finalizou.
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