Primo de Marcelo Miranda, Luciano de Carvalho é liberado da prisão

A operação que prendeu Luciano Carvalho da Rocha é um desdobramento da “Reis do Gado”, deflagrada em novembro de 2016. Segundo a PF a empresa de Luciano era usada para a prática de crimes.

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Luciano de Carvalho Rocha, primo do ex-governador Marcelo Miranda (MDB), foi solto na manhã desta segunda-feira, 7, após cumprir o prazo de sete dias referente ao mandado de prisão temporária decretado pelo Justiça no curso da Operação Urutau, conforme a Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju), por meio do Sistema Penitenciário e Prisional do Tocantins (Sispen/TO). Luciano é investigado pela Polícia Federal por supostamente integrar um esquema de desvio de recursos públicos e ocultação de capitais.

 

Preso no último dia 1º de outubro, Luciano teve a prisão temporária prorrogada por mais três dias conforme a decisão do Juiz João Paulo Abe, da 4ª Vara Federal Criminal, em Palmas, emitida no dia 4. Segundo o entendimento do magistrado, Luciano solto poderia criar "obstáculos" na apuração dos fatos e por isso foi emitida a prorrogação da prisão.  A prisão temporária tem o prazo de cinco dias, podendo ser prorrogada por igual período.

 

Além de Luciano foram presos Guilherme Costa de Oliveira, suposto laranja da família, e Kamile Oliveira Salles, mulher de Luciano. Os dois últimos tiveram as prisões revogadas durante audiência de custódia, após colaborarem com as investigações.

 

Entenda

 

A operação que prendeu Luciano Carvalho da Rocha é um desdobramento da “Reis do Gado”, deflagrada em novembro de 2016. Além do primo do ex-governador, sua esposa e Guilherme Costa de Oliveira, usado como suposto "laranja" por Luciano, foram detidas após a Polícia Federal cumprir, com aproximadamente 15 policiais, quatro mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão temporária, todos expedidos pela 4ª Vara Federal da Capital.

 

Nos mandados de busca e apreensão, a PF procurou documentos e arquivos de qualquer espécie que pudesse revelar a participação do grupo no esquema. Segundo a Polícia Federal, a empresa WTE Engenharia, atualmente em funcionamento sob a máscara da pessoa jurídica Construarte Construtora, é uma das formas utilizadas pelo grupo Miranda para o enriquecimento ilícito e dissimulação da real propriedade de seus bens.

 

Ainda segundo a PF, a empresa era usada para a prática dos crimes de lavagem de capitais, peculato, corrupção passiva e associação criminosa. O valor total dos contratos públicos ligados a empresa pode ultrapassar R$ 50 milhões.

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