Prisões dos quatro PMs suspeitos de atirar em delegado são decretadas pela Justiça

O delegado foi alvejado com três tiros após os PMs o confundirem com um assaltante

Delegado foi atingido com 3 três tiros
Descrição: Delegado foi atingido com 3 três tiros Crédito: Divulgação

Em decisão publicada neste domingo, 29, o juiz Ciro Rosa de Oliveira decretou a prisão preventiva dos quatro policiais militares suspeitos de atirar contra o delegado da Polícia Civil Marivan da Silva Souza, em Guaraí, no sábado, 28.

 

Os militares estão presos no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar, em Palmas, e entregaram as armas e a viatura usadas na ação que resultou no incidente. Conforme a decisão do juiz, o objetivo da prisão é evitar que os militares destruam provas ou interfiram no depoimento das testemunhas e garantir a integridade física dos policiais.

 

O delegado foi alvejado com três tiros após os PMs o confundirem com um assaltante. O policial civil foi atendido em Guaraí, depois transferido para Palmas e já recebeu alta do hospital particular em que estava internado na Capital. 

 

Em nota, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP) e o Comando Geral da Polícia Militar, informam que abriram os respectivos procedimentos, para apurar as circunstâncias do episódio. O secretário de Segurança Pública, César Simoni, o delegado-geral da Polícia Civil, Claudemir Luiz Ferreira e o Coronel Glauber de Oliveira Santos, comandante geral da Polícia Militar se deslocaram até o local da ocorrência para prestar apoio aos servidores e acompanhar, de perto, as investigações preliminares.

 

“A Secretaria de Estado de Segurança Pública e o Comando Geral da Polícia Militar reiteram o compromisso do Governo do Estado em combater o crime e informa que as diligências terão continuidade, até que os autores do roubo sejam presos e respondam em juízo pelos seus crimes”, afirmou o governo, em nota.

 

Nota da Fendepol

 

Em nota emitida à imprensa, a Federação Nacional dos Delegados de Polícia Civil, entidade representativa da classe dos Delegados de Polícia em âmbito nacional, manifestou repúdio à ação conduzida por policiais militares. “O que reflete a baderna institucional por que sofre o sistema de segurança pública vigente neste país, cada vez mais combalido, desintegrado e acossado por gambiarras sustentadas por Secretarias de Segurança Pública e por segmentos políticos, lamentavelmente legitimadas de modo injustificável em vários casos por setores do Ministério Público e do Poder Judiciário em todas as unidades da Federação de nosso país”, pontua a Fendepol.

 

Ainda na nota, a Federação cobra medidas. “Demandamos todas autoridades envolvidas para que exerçam rigorosa adoção de medidas destinadas a reprimir na forma da lei esta ação criminosa e que os Governos e instituições de nosso país usem esta ocorrência para refletir criticamente sobre a importância de se valorizar as Polícias Civis e Federal como meio de se dar eficiência a uma segurança pública como direito tangível a todo cidadão brasileiro”.

 

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