O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados da Produção Agrícola Municipal (PAM) de 2024, que apontam retração no valor da produção do Tocantins. O estado caiu de R$ 15 bilhões em 2023 para R$ 12,8 bilhões em 2024, redução de 14,6%.
O desempenho acompanha a tendência nacional: o valor de produção agrícola do Brasil passou de R$ 814 bilhões em 2023 para R$ 783 bilhões em 2024. De acordo com o supervisor da pesquisa, Winicius Wagner, o fenômeno climático El Niño foi o principal responsável. "[...] Ele causou uma estiagem prolongada severa em regiões como Centro-norte, Sudeste e parte do Paraná. Soja e milho, em particular, sofreram quedas na produção e a retração de seus preços impactou o valor de produção agrícola”, comentou.
Apesar da queda no valor, a área total de lavouras colhidas, plantadas ou destinadas à colheita aumentou, alcançando 2,2 milhões de hectares no estado.
Soja lidera produção no Tocantins
A soja foi o principal produto agrícola tocantinense em 2024, respondendo por R$ 7,4 bilhões do valor total. Entre os municípios de destaque estão Campos Lindos (R$ 389 milhões), Porto Nacional (R$ 375 milhões) e Caseara (R$ 314 milhões).
O milho ficou em segundo lugar, com Campos Lindos (R$ 234 milhões), Porto Nacional (R$ 142 milhões) e Monte do Carmo (R$ 87,7 milhões) liderando os valores de produção.
Lagoa da Confusão é destaque nacional no arroz
No cultivo do arroz em casca, o Tocantins teve valor de produção de R$ 1,8 bilhão em 2024, ficando em terceiro lugar entre as unidades da federação. Lagoa da Confusão também alcançou destaque nacional, ocupando a terceira posição entre os municípios com maior valor de produção do país, com R$ 1 bilhão. Formoso do Araguaia ficou em 16º lugar, com R$ 308 milhões.
Mandioca, abacaxi e melancia reforçam diversidade
Outro produto em ascensão foi a mandioca, que somou R$ 507 milhões em valor de produção. Formoso do Araguaia (R$ 36 milhões), Pedro Afonso (R$ 23,7 milhões) e Guaraí (R$ 22,5 milhões) lideraram o cultivo.
Entre as frutas, o abacaxi alcançou quase R$ 225 milhões, com destaque para Pau D’Arco (R$ 42,8 milhões), Araguacema (R$ 41,2 milhões) e Miracema (R$ 30 milhões). Já a melancia somou R$ 110 milhões, puxada por Guaraí (R$ 27 milhões), Lagoa da Confusão e Cristalândia (R$ 15,1 milhões cada).
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