Os professores da Universidade Federal do Tocantins (UFT) em greve há quase quatro meses têm assembleia geral na tarde desta sexta-feira,14, a partir das 14 horas, no Bloco D do campus de Palmas, para decidir se voltam ao trabalho ou se mantém a greve.
Em reuniões realizadas na manhã desta quinta-feira,13, os campi de Araguaína e Gurupi definiram pelo retorno às aulas. De acordo com o professor Marcelo Leineker, do comando de greve da UFT, “as posições tomadas nos campi serão colocadas em votação na assembleia geral da instituição, que pode decidir por sair da greve ou manter o movimento”, argumentou.
Ainda de acordo como professor Marcelo, a decisão da assembleia geral da UFT será levada para discussão na assembleia do Sindicato Nacional da Categoria (Andes-SN), que também pode deliberar sobre a saída unificada da greve ou manutenção do movimento.
O professor informou também que os professores da UTF podem decidir pelo fim da greve independente da decisão nacional da categoria. “Caso isto aconteça teremos de fazer uma assembleia específica de fim de greve para deliberamos as ações que serão realizadas após o término do movimento”, argumentou.
Novo calendário
Leineker informou também que o fim da greve não significa o retorno imediato às aulas. De acordo com ele, é necessário a organização de um novo calendário acadêmico e verificar como será feita a reposição das aulas. “Esta já outra etapa”, salientou o professor.
DCE também quer fim da greve
O Diretório Central dos Estudantes (DCE) distribuiu defendendo o fim da greve dos professores da instituição.
De acordo com a nota assinada pelo presidente da instituição, Felipe Carvalho Vitoriano, “Infelizmente, os objetivos centrais, como reajuste salarial dos docentes e plano de carreira não foram atendidos por completo. Por isso mesmo, a luta é contínua e o Movimento Estudantil sempre estará ao lado de todos os que defendem melhores políticas educacionais”, argumentou.
Ainda de acordo com o DCE “diante disso, entendemos que a continuidade da greve nesse momento enfraquecerá o movimento, tendo em vista que diversas universidades já estão retomando suas atividades acadêmicas por compreender que essas pautas não serão mais alcançadas esse ano”, afirma a nota.
Preocupações
O DCE também manifestou preocupação com cerca de 16 mil estudantes que estão sem aulas, assim como com as pessoas que são atendidas pelos serviços prestados da universidade. “Ressaltamos nossa preocupação com cerca de 16 mil estudantes da nossa instituição que há mais de três meses estão sem aulas e muitos deles aguardam a conclusão do curso para tomar posse em concursos. Há que se observar, ainda, que existem centenas de pessoas que são atendidas pelos serviços da Universidade ou que dependem economicamente dela. Por fim, ressaltamos que a continuidade da greve acarreta na não entrada de aproximadamente 1.500 alunos no próximo vestibular”, finalizou a nota do Diretório Central dos Estudantes da UFT.
Comentários (0)