Projeto sobre saúde mental é apresentado na UFT; trabalho modelo é de servidora

O trabalho é fruto de uma importante pesquisa da psicóloga e doutora, Hareli Fernanda Garcia Cecchin, que também é servidora da UFT no Campus de Miracema

Crédito: Divulgação

A saúde mental de estudantes, professores e demais servidores da Universidade Federal do Tocantins (UFT) como foco principal de um trabalho modelo desenvolvido por uma pesquisadora tocantinense. A direção da UFT recebeu o grupo de trabalho que apresentou sugestões para reforçar as políticas já desenvolvidas pela instituição no apoio à saúde das pessoas, principalmente no aspecto emocional. A reunião foi realizada no gabinete da reitoria em Palmas e contou com as presenças do reitor Luís Eduardo Bovolato, do vice-reitor Marcelo Leineker Costa, pró-reitores e superintendentes.
   
O trabalho é fruto de uma importante pesquisa da psicóloga e doutora Hareli Fernanda Garcia Cecchin que também é servidora da UFT no Campus de Miracema. Ela é natural de Paraíso e reside em Palmas. Foram mais de quatro anos de pesquisa na formatação de um programa de prevenção ao suicídio e de suporte emocional. O tema foi ainda tese de doutorado da pesquisadora pela Universidade de Brasília (UnB).
   
As sugestões entregues à direção da UFT foram elaboradas pelo Grupo de Trabalho e Inovação em Saúde Mental do Estudante (GETISME) que é coordenado pela dra. Hareli Cecchin. Também fazem parte do grupo, Alice Agnes que é professora do curso de Jornalismo da UFT, as psicólogas Cristina Fonseca e Raimara Lourenço, a assistente social, Helen Ferreira, o pedagogo Manoel Amorim, a assistente em administração Ariadne Feitosa e o estudante de Psicologia da UnB José Ítalo Gomes.
 
Sugestões


Entre as principais propostas apresentadas à instituição, o grupo sugeriu oferecer um curso de formação para professores sobre saúde e acolhimentos dos estudantes em sofrimento emocional e capacitar servidores técnicos-administrativos para identificar o problema. Outra sugestão é oferecer programa que ensine os estudantes sobre sinais de transtorno mental como depressão e ansiedade. “A ideia é reforçar as políticas já realizadas pela Universidade e buscar um atendimento ainda mais humano e acolhedor. Muitos chegam aqui e passam por uma transformação brusca que é ficar distante dos pais, morar sozinho(a), enfrentar uma rotina para o qual eles ainda não tem repertório, o que acaba causando estresse e problemas emocionais. É um trabalho voltado não apenas para os estudantes, já que professores e demais servidores também necessitam de um apoio emocional em determinados casos”, disse Hareli Cecchin.

 

As ações são fundamentais para enfrentar uma questão que vem crescendo nos últimos anos, não apenas dentro da instituição. É o que destaca o professor da UFT Kherlley Caxias Batista. “Temos que louvar essa iniciativa que atua tanto no campo da pesquisa teórica, analisando as situações. Toda gestão deve ser empenhar para viabilizar a proposta para que a melhoria da qualidade de vida dos estudante e dos servidores da instituição seja atendida”, comentou. 


    
O reitor da UFT enalteceu o trabalho realizado pelo grupo e comentou sobre as propostas que fazem parte do programa desenvolvido. “Foi um trabalho belíssimo, uma grande contribuição. Muitas das propostas já estão alinhadas ao nosso Plano de Desenvolvimento Institucional e, por conseguinte, ao meu plano de gestão. O grande desafio é colocar em prática. Muitas das soluções podem ser implementadas a curto prazo, algumas a médio, e outras ações a mais longo prazo. É uma equipe multidisciplinar que fez este grande trabalho e nos presenteou com um conjunto de sugestões para que a gente possa desdobrar isso e melhorar no contexto geral a saúde mental de toda comunidade acadêmica”, comentou Bovolato.

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