O início de carreira para o advogado também é cheio de desafios, dificuldades e muitas perguntas sem respostas. E é por isso que a ideia de uma ação continuada de orientação ao profissional do Direito, recém-formado, após recebimento da Carteira, é defendida pelo Grupo Regata OAB Tocantins, que tem Juvenal Klayber como pré-candidato à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil (Seccional Tocantins).
E são muitos os apoiadores para esta causa. Colocada em prática, milhares de advogados que ainda estão nos cinco primeiros anos de trabalho serão beneficiados. “Essa é uma ideia que ajuda não só o colega em início de carreira, sendo melhor preparado, feliz porque a carreira vai bem. A própria sociedade ganha quando tem a sua disposição um conjunto de profissionais completos e bem orientados. Sem contar que, assim, o estado democrático de direito é praticado de forma verdadeira”, argumentou Juvenal Klayber.
A orientação continuada é parte de uma lista de assuntos discutidos com os próprios jovens advogados, por onde o grupo Resgata OAB Tocantins tem passado. E isso tem se mostrado um anseio em todas as regiões. “É preciso motivar, incentivar e qualificar o advogado jovem, preparando-o para a eficaz execução dos serviços técnicos aos seus clientes e à sociedade, assim como, fornecer instrumentos e conhecimentos de gestão empreendedora do seu escritório”, enfatizou Juvenal.
Entre os profissionais contemplados diretamente por uma possível orientação continuada, já existem elogios e até um clima de expectativas. Atualmente, apenas na região de Araguaína, são mais de 600 jovens advogados com menos de cinco anos de carreira. Jaqueline Rosa se formou em 2016, mas atua há dez meses na Capital do Boi Gordo. Ela escolheu as áreas empresarial e civil para trabalhar e avalia como necessária a tutoria proposta.
“Esse início de carreira é bastante desafiador, pois passamos cinco anos na faculdade aprendendo apenas as teorias e o grande desafio é aplicar a teoria aos casos concretos que chegam até nós, diariamente. A proposta de mentoria é o mínimo de apoio que nós esperamos da OAB, porém isso não vem acontecendo”, destacou Jaqueline.
Douglas Maranhão, que também é jovem advogado em Tocantinópolis, revela que “essa base eu não tive e houve dificuldade no início da carreira”. “Sem isso, o jovem advogado sofre bastante e isso restringe quem pensa em vir para esta área e que não tem esse suporte. A OAB tendo essa visão, já é motivação para o profissional se tornar mais qualificado”, conta Douglas.
A tutoria idealizada abrange uma série de questões práticas, que vão desde as dicas sobre a mobília para o escritório, até a decisão de abrir ou não a empresa sozinho ou com um sócio, passando por itens como área de atuação, localização do escritório, como se portar nas audiências com juízes, promotores e delegados, fazer petições, entre outros.
Também foi apresentada pelos jovens advogados nas discussões com o Resgata OAB Tocantins, a possibilidade de oferta de cursos de especialização e pós-graduação pela Ordem dos Advogados do Brasil, por meio da Escola Superior de Advocacia (ESA).
“A prática dessas ações é muito diferente e até decisiva na carreira do jovem advogado”, concluiu Juvenal.
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