Queimadas controladas começam em unidades de conservação para prevenir incêndios

Queimadas controladas já começaram nos parques do Jalapão, Cantão e Lajeado para prevenir incêndios e preservar a biodiversidade com apoio de helicópteros e comunidades locais

Crédito: Alessandro Machado/Governo do Tocantins

O Naturatins informou nesta quinta-feira, 22, que as Unidades de Conservação (UCs) administradas pelo órgão já começaram a temporada de queimadas prescritas – prática importante para prevenir e controlar os incêndios florestais. Os serviços integram a estratégia do Manejo Integrado do Fogo, uma metologia que alia ciência, tradição e gestão comunitária. 

 

Equipes dos Parques Estaduais do Lajeado (PEL), Cantão (PEC) e do Jalapão (PEJ) iniciaram nesta semana os trabalhos, devido as condições climáticas seguras para fazer a queimada controlada. 

 

De acordo com a Diretoria de Biodiversidade e Áreas Protegidas (DBAP), a meta é realizar queimas prescritas em todas as Unidades de Conservação do Tocantins ao longo da temporada. “Tradicionalmente, o Naturatins inicia esse diálogo com as comunidades já em abril, mês em que também começamos as queimas preventivas. O Jalapão, por exemplo, apresenta condições ideais mais cedo, e depois as ações se expandem para outras UCs conforme o clima permite. A janela ideal para a realização dessas queimas vai de abril até o fim de junho”, explicou a diretora responsável, Perla Ribeiro.

 

Além do trabalho em solo, o uso de helicóptero será ampliado nesta temporada para facilitar o acesso a áreas mais remotas e de difícil alcance.

 

As queimas controladas são conduzidas com rigor técnico e ocorrem apenas sob condições climáticas específicas — como temperatura, umidade relativa do ar e velocidade dos ventos — para garantir segurança e eficácia. A ação não deve ser confundida com incêndios criminosos ou acidentais, pois trata-se de um procedimento planejado, com autorização legal e objetivos de conservação ambiental.

 

O planejamento é feito em conjunto com as comunidades locais e respeita os saberes tradicionais ligados ao uso do fogo para agricultura, pecuária e extrativismo. As reuniões participativas, que iniciaram em abril, fazem parte do Manejo Integrado do Fogo de Base Comunitária (MIFBC), que valoriza o envolvimento e o conhecimento das populações que vivem dentro ou no entorno das UCs.

 

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