Relatório do Grupo Ipê Amarelo pela Livre Orientação Sexual, aponta que em 2012 cinco homossexuais foram assassinados no Tocantins e outros 23 sofreram violações de seus direitos.
Foram dois assassinatos em Araguaína, dois em Tocantinópolis e um em Colinas. Além disso, sete homossexuais sofreram lesão corporal; dez foram vítimas de calúnia, injúria e difamação e um foi expulso de estabelecimento comercial.
Também foram registrados três casos de tortura ou cárcere privado cometido pela própria família, além de duas expulsões de casa.
De acordo com o Giama estes número são subnotificado, uma vez que muitos casos não chegam ao conhecimento do órgão, nem das autoridades policiais.
A maioria desses registros de ocorrência é da região central do Tocantins. O Giama não dispõe de mecanismos nem de apoio institucional para referenciamento de todos os casos.
Outra razão é que grande parte das vítimas tem receio ou vergonha de procurar ajuda, justamente pelo preconceito e o receio de sofrer mais discriminação nas instituições, como já aconteceu.
O Giama argumenta que em muitos atendimentos feitos pela entidade, as vítimas não quiseram denunciar o agressor.
Dicas de seguranças
Ainda de acordo com a entidade, considerando a especificidade da maior parte dos casos, gays são atraídos para emboscadas porque são presas fáceis justamente por sua condição e exercício sexual que devem ser omitidos devido ao preconceito.
Na tentativa de reduzir os casos de violência contra homossexuais o Giama está divulgando dicas de segurança que incluem cuidados a serem tomados.
Entre os cuidados estão: Não manter relação afetivo-sexual com menores de 18 anos; morar em locais mais habitados e fazer amizades com os vizinhos; Se morar sozinho, declare sua orientação sexual para amigos, vizinhos ou outras pessoas próximas; Se sair com alguém do bate-papo, pegue o telefone e nome, deixe anotado em casa ou avise a um amigo de confiança.
O Giama orienta também que por qualquer ato de violência a pessoa deve procurar a delegacia de polícia, pedir exame de corpo delito e denunciar o caso aos grupos de ativistas LGBT.
Se for mal tratado pelo oficial, chamar o delegado titular, se ele não estiver chamar o plantonista. Se mesmo assim for mal atendido, entrar com uma ação na Corregedoria de Polícia. Caso não se sinta satisfeito com o andamento do inquérito denunciar no Ministério Público.
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