O governador do Tocantins, Mauro Carlesse (DEM), sanciou o projeto de Lei de autoria da deputada Amália Santana (PT) que institui o dia 7 de novembro de cada ano como data comemorativa no Estado pela atividade de extrativista do coco babaçu. A publicação foi feita no Diário Oficial do Estado (DOE) desta sexta-feira, 02. A data lembra a morte de dona Raimunda Gomes da Silva, mais conhecida como Raimunda Quebradeira de Coco acontecida no ano passado aos 78 anos de idade.
A atividade de quebrar coco é quase que exlcusividade das mulheres dos Estados do Tocantins, Maranhão, Pará e Piauí e é a fonte de renda de quase 300 mil pessoas. Conforme a deputada estadual Amália Santana (PT), responsável pela proposta, a importância do babaçu para essas mulheres faz com que elas tenham um cuidado e sentimento especial em relação às palmeiras, que são chamadas, pelas quebradeiras, de ‘árvore mãe’.
Raimunda Quebradeira
Raimunda Gomes da Silva ficou conhecida por sua atuação política na luta pela valorização das mulheres quebradeiras de coco babaçu do norte do Tocantins, tendo sido uma das fundadoras do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB), que envolve quebradeiras dos estados do Pará, Tocantins, Maranhão e Piauí.
Uma das pautas defendidas por Raimunda era o livre acesso ao coco babaçu, pois muitas árvores estão localizadas dentro de grandes fazendas e os respectivos donos da terra na permitem que essas mulheres façam a coleta do fruto.
Em vida Dona Raimunda recebeu reconhecimento nacional e internacional como o título de doutora honoris causa da Universidade Federal do Tocantins (UFT), indicação ao Prêmio Nobel da Paz, homenagens na Assembleia Legislativa (AL) e no Senado Federal. Dona Raimunda rompeu fronteiras de sua própria cultura e viajou por países como a Índia, Canadá, EUA e França.
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