A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) monitora 104 pessoas que participaram de um velório na Fazendo São Félix em Recursolândia. Até agora 33 pessoas apresentaram sintomas semelhantes à leptospirose depois de participarem do velório. Duas pessoas morreram e outras seis ainda estão hospitalizadas. De acordo com a Sesau duas já tiveram exames confirmados de infecção por leptospirose.
Conforme a equipe técnica da Sesau, que está no local, a fazenda conta com quatro residências e a contaminação deve ter ocorrido pela ingestão da água da fazenda, que é armazenada em caixas d’agua.
As pessoas que participaram do velório recebem tratamento preventivo, uma vez que o perído de incubação da bactéria varia de 30 a 60 dias. As informações foram repassadas à imprensa durante entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira, 29, na Seseau. “O mais importante em relação a este episódio é que os casos aconteceram apenas naquela região e já estão recebendo atendimento médico, profilaxia e que não há motivo para a população se preocupar já que a contaminação por leptospirose não se dá por meio de contato com pessoas infectadas e sim pelo contato com a bactéria”, disse Ruth Paranaguá, diretora do Departamento de Vigilância e Proteção à Saude.
“A leptospirose é uma doença curável. O diagnóstico e o tratamento precoce são a melhor solução e são oferecidos gratuitamente na rede pública de saúde. O importante é ressaltar que as pessoas que estiveram no velório e apresentarem algum sintoma como febre alta, vômito, dor no corpo e fraqueza, devem procurar uma Unidade Básica de Saúde para receber o mais rápido possível a profilaxia, e com isso ter uma recuperação efetiva e rápida”, disse o médico Alexandre Janotti.
Leptospirose
A Leptospirose é uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada Leptospira presente na urina de ratos e outros animais, transmitida ao homem principalmente nas enchentes. Qualquer pessoa que tiver contato com a água ou qualquer material contaminado poderá se infectar.
Os primeiros sintomas podem aparecer de um a 60 dias depois do contato com a água. Na maior parte dos casos, aparece 7 a 14 dias após o contato.
Os sintomas mais frequentes são parecidos com os de outras doenças, como a gripe e a dengue. Os principais são: febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, principalmente nas panturrilhas (batata-da-perna), podendo também ocorrer vômitos, diarréia e tosse. Nas formas mais graves geralmente aparece icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos) e há a necessidade de cuidados especiais em caráter de internação hospitalar.
O tratamento é baseado no uso de antibióticos, hidratação e suporte clínico, orientado sempre por um médico, de acordo com os sintomas apresentados.
Com informações da Ascom/Sesau
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