A Secad fez circular à imprensa no final da tarde desta terça-feira,16 a informação de que convocou reunião com os representantes de médicos e hospitais que atendem o PlanSaúde para informar que poderá pagar R$ 20 milhões de uma dívida total de R$ 60 milhões, zerando a dívida restante do mês de outubro e parte do devido pelo mês de novembro.
Ouvida pelo T1 Notícias, a presidente do Sindicato, Maria Lúcia Machado, confirmou que o secretário Geferson Barros convidou o sindicato para uma reunião, em que propôs pagamento para a próxima quinta-feira, do restante dos meses de 8 a 10 da referência 2015.
“ Em nenhum momento foi falado em R$ 20 milhões. Se eles tem esse dinheiro para nos pagar, paguem que voltaremos ao atendimento imediatamente”, afirmou a presidente do Sindessto.
Segundo Maria Lúcia, o valor que Barros informou que pagará é de R$ 13 milhões. O desencontro entre as informações prestadas à imprensa pela Secad e a proposta de fato feita ao sindicato irritou os prestadores de serviço. “Ainda vamos discutir se é possível retornar com o pagamento destes R$ 13 milhões”.
Governo alega que herdou “rombo” e já pagou R$ 67 milhões
No release distribuído à imprensa, a Secad afirma que o governo do Estado só está atrasado com os repasses do PlanSaúde por ter herdado da gestão passada “ um rombo”, que não especifica. “ Desde que assumimos o governo em janeiro de 2015 foram pagos R$ 67 milhões ao PlanSaúde”, informou o secretário, que também é o gestor do plano.
Um cronograma a ser definido para pagamento da dívida com o PlanSaúde sera definido em reunião no dia 25 próximo, informou a Secad.
O anúncio de novo pagamento chega no dia seguinte ao final do prazo de 48 horas dado pela Defensoria Pública para que o governo informe a dívida total que tem com o PlanSaúde, entre outras informações solicitadas pelo defensor Arthur Pádua. Duas ações estavam prontas para ser protocoladas nesta terça-, 16: uma Cautelar solicitando bloqueio das contas do Estado para pagamento do Plansáude, em cima dos valores retidos de servidores a título de contrapartida e uma representação criminal contra Geferson Barros, gestor do PlanSaúde.
Barros alega que R$ 20 milhões incluem pessoas físicas
Procurado por telefone pelo T1 Notícias, o secretário de Administração esclareceu: "Não devemos só ao Sindessto. Tem pessoas físicas também. O representante dos médicos estava na reunião. Para o Sindicato (que representa hospitais e demais prestadores) pagaremos outubro e parte de novembro, que dá mais de R$ 13 milhões", justificou.
(Atualizada às 17h55)
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