Secretaria LGBT do PT publica nota de repúdio sobre agressão sofrida por jovem

A Secretaria Estadual LGBT do PT Tocantins publicou nota de repúdio à agressão sofrida por jovem momentos antes da parada LGBTI em Palmas, no domingo

Jovem foi agredido antes da parada LGBTI, em Palmas
Descrição: Jovem foi agredido antes da parada LGBTI, em Palmas Crédito: Divulgação

A Secretaria Estadual LGBT do PT Tocantins, por meio de nota à imprensa enviada nesta quarta-feira, 20, repudiou a agressão sofrida pelo jovem Lennon Júnior Coelho Costa, conhecido socialmente como "Tananore Fúcsia", momentos antes da parada LGBTI, ocorrida em Palmas no último domingo, 17.

 

A nota começa explicando o fato ocorrido, no mesmo dia da Parada LGBTI, na Capital, o jovem agredido contou que foi abordado por três homens que o atacaram com socos, gargantada, humilhações e ameaça de morte. “Um dos agressores disse: tem que matar”, de acordo com a vítima. Diante da violência sofrida, Lennon ainda conseguiu ir até sua casa, onde pediu ajuda aos vizinhos. “Eu não tinha percebido que estava sangrando muito ate levantar do chão e o vizinho reparar a poça de sangue que formei ao sentar. Eu não estava sentindo o furo que eles fizeram nas costas logo acima do cóccix. Fui para o UPA e depois ao HGP”, disse à imprensa. Ele, que é servidor e acadêmico da Universidade Federal do Tocantins (UFT), acredita ter sido vítima de homofobia.

 

Conforme a nota, “a violência sofrida se caracteriza como uma agressão a toda Secretaria Estadual LGBT do PT Tocantins com total característica HOMOFÓBICA. E é preciso haver uma ação eficiente por parte das autoridades para garantir que a cidadania e o respeito às diferenças sejam plenos e que nós, LGBT´s, não sejamos vitimas constantes da homofobia”.

 

Ainda de acordo com a nota, “uma violência desse calibre contra a comunidade LGBT nasce não do acaso, mas do forte sentimento de desprezo que essa sociedade nutre pelos homossexuais, que vistos como desiguais e inferiores, tornam-se alvos frequentes daqueles/as que se sentem superiores a eles/elas. Entendemos que é através da construção de um projeto de educação não heterossexista, não racista, laica e que lute pelo fim do fundamentalismo religioso que esta sociedade será modificada”.

 

O diretório afirmou aguardar medidas dos órgãos competentes “que não percam sua missão que de investigar e punir dentro da Lei, o responsável por mais este ato violento e cruel. Esperamos que todo o segmento reflita criticamente sobre o corrido e proponha soluções para que casos de discriminação/homofobia em nosso município e em nosso estado não ocorram mais. Que possamos buscar cada vez mais espaços de debates e reflexões para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária a todos e todas”. Por fim, a Secretaria deixou um apelo, ao final da nota: “Nosso desejo é o de que possamos viver de fato um ambiente livre de todas as formas de violência, tipificando atitudes como essas como uma grave violação aos direitos humanos da população LGBT. A homofobia é um mal que deve ser banido da sociedade e o respeito ao ser humano, em toda sua diversidade, precisa ser preservado acima de tudo”.

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