Secretário diz que governo pagará direitos quando retomar capacidade financeira

Governo diz não ter outra proposta a fazer aos servidores, porque o que já foi apresentado aos sindicatos é o que está dentro das condições do Estado

Sindicatos e secretário se reúnem na Secad
Descrição: Sindicatos e secretário se reúnem na Secad Crédito: Angélica Mendonça

O secretário de Estado da Administração, Geferson Barros, se reuniu com um grupo de sindicalistas na tarde de ontem, 9, na sede do órgão, em Palmas, onde os servidores públicos em greve se manifestam desde a deflagração da greve geral, que reivindica o pagamento da data-base. “O Governo do Tocantins não tem outra proposta a fazer aos servidores porque o que já foi apresentado aos sindicatos é o que está dentro das condições do Estado, ou seja, o compromisso é saldar os passivos em vez de conceder novos aumentos salariais”, afirmou o secretário.

 

Na reunião com os representantes dos sindicatos também foi afirmado que o governo está disposto a dialogar com as categorias. “O governo, por intermédio do grupo gestor, tem reiterado por diversas vezes que o Tocantins está enfrentando a crise nacional e já está colhendo bons resultados desse trabalho, tanto em redução de gastos como em aumento de receita, porém, os esforços realizados até agora não são suficientes para garantir o pagamento de melhorias salariais”, ressaltou a Secad em texto enviado à imprensa.

 

Ainda conforme a Secad, Geferson Barros mostrou aos sindicalistas que a arrecadação do Estado não cobre sequer a folha de pagamento dos servidores. Questionado pelos sindicalistas sobre a redução de contratos, o secretário explicou que o governo vem fazendo uma redução gradual no volume de contratos temporários e de comissionados. “O Estado não descarta novos cortes e demissões. Faremos tudo que for possível para evitar que o governo deixe de pagar a folha em dia e não venha tomar medidas radicais, como escalonamento e parcelamento de salários, como vem acontecendo em vários estados brasileiros, como Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul”, afirmou.

 

O secretário ainda destacou que o não pagamento da data-base foi decisão tomada por 24 estados e destes, 18 também não pagaram o reajuste salarial em 2015. Para Geferson Barros, “o cenário aponta melhorias futuras e, assim que o Estado retomar sua capacidade financeira, o governo vai honrar com os direitos dos servidores”.

 

Na reunião os sindicalistas reclamaram da receptividade aos grevistas nos órgãos, mas o secretário destacou que não há qualquer decisão do estado ou do grupo gestor para restringir a ação dos grevistas. “É preciso preservar o acesso aos prédios públicos e garantir o direito de quem quer trabalhar. No primeiro dia do movimento, as paralisações foram pontuais, os órgãos públicos funcionaram normalmente e não houve prejuízos aos serviços públicos”.

 

(Com informações da Ascom Secad)

 

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