Estado que completa 25 anos em 2013, o Tocantins é, entre as Unidades da Federação, uma fonte de expansão econômico-produtiva que vê na força da agropecuária o principal índice de comércio exterior (nacional e internacional); mas que já vislumbra números positivos também no setor terciário, principalmente na geração de emprego e renda. Desta forma o Estado, impulsionado pela implementação e fortalecimento de pequenos e microempresários, marcou o maior crescimento proporcional de Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2010.
De acordo com os indicadores socioeconômicos divulgados pela Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan), o Tocantins registrou em 2010 um crescimento de 14,2% no PIB, que é a soma de todas as riquezas produzidas pelo Estado. Índice superior ao registrado pelo Brasil (7,5%) e por Estados com economia mais saturada como São Paulo (7,9%) e Rio de Janeiro (4,5%). Entre as Regiões brasileiras, o norte foi o que obteve maior índice de crescimento, com 9,9%. sul e sudeste registraram 7,6% cada; nordeste teve 7,2% e centro-oeste 6,2%.
O saldo positivo é reflexo do crescimento econômico do Tocantins focado, principalmente, em um setor que gera cerca de 70% dos empregos no Estado, que são as micro e pequenas empresas. Desta forma, conforme os números divulgados pela Seplan, o setor de comércio e reparação registrou um índice de 57 mil empregos com carteira assinada no Estado. Somente em 2010 foram empregadas mais de 20,6 mil pessoas no comércio tocantinense, gerando um saldo positivo de mais de 1.300 empregos comerciais.
De acordo com o diretor do Departamento de Pesquisa e Zoneamento Ecológico-Econômico da Secretaria do Planejamento, Joaquin Cifuentes, o crescimento da população economicamente ativa deve ser visto como um potencial de desenvolvimento econômico do Estado. Para ele, esta parcela da população requer um cuidado especial por parte tanto do setor público, quanto do privado. “O Estado tem potencial para se desenvolver neste setor. Temos que garantir para esta população geração de emprego e qualidade de vida”, destacou.
Redução da pobreza
Com o setor de comércio gerando empregos e uma população economicamente ativa em crescimento, aliado a políticas públicas voltadas para o social, como o Programa Tocantins sem Fome, o Estado vem registrando, desde 1991, uma queda acentuada no índice de pobreza. De lá para cá este número sofreu uma queda de 29,5%, conforme os indicadores da Seplan.
Relação economia x bens de consumo
Um indicador da estabilidade econômica da população tocantinense são os números de aquisição de bens de consumo como geladeira, telefonia (fixa e móvel), computadores e aparelhos de televisão, que tiveram considerável aumento entre o ano 2000 e 2010. Nessa década, todos os índices tiveram aumento de, no mínimo 25%, com destaque para o número de computadores que, no início da década estavam em apenas 2,7% dos lares tocantinenses e em 2010 já eram mais de 22%.
Assim, para dar conta de uma demanda crescente de consumidores de produtos eletroeletrônicos, o Estado vem também investindo na ampliação da rede de energia elétrica para atender a esta população. Entre 2000 e 2012, o número de consumidores de energia elétrica subiu mais de 120% no Estado. No primeiro ano eram pouco mais de 226 mil unidades consumidoras, enquanto hoje o Estado já conta com quase 500 mil. “Este aumento no consumo de energia elétrica é um indicador indireto do desenvolvimento econômico do Estado”, pontuou o diretor da Seplan.
Atualizada com correção de informações às 14h22: O ano de referência é 2010 e não 2012, como havia sido divulgado pela ATN
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