Os ex-funcionários da empresa Litucera Limpeza e Engenharia Ltda realizaram um protesto em frente a sede da empresa, em Palmas, nesta quinta-feira, 22, cobrando seus direitos trabalhistas, após terem sido demitidos em agosto pela empresa. A Litucera disse em nota que não quitou o débito com os trabalhadores porque o Estado ainda não pagou a dívida, que segundo a empresa, gira em torno de R$ 80 milhões. Os funcionários foram contratados pelo Estado, o qual informou que os contratos estão sendo assinados gradativamente.
Ainda na nota, a empresa diz que sempre se preocupou e cumpriu com suas obrigações trabalhistas e que vinha prestando os serviços contratados pelo Estado, mesmo com os atrasos nos pagamentos. “Esse débito do Estado do Tocantins gerou inúmeras dificuldades, consequências financeiras à empresa Litucera na prestação dos serviços contratados, tais como encontrar fornecedores dispostos a fornecer nas condições necessárias, dificuldades de honrar com o pagamento de salários de seus empregados, dificuldades de pagar impostos dentre outros. A empresa Litucera está em negociação com o governo para resolução do pagamento das verbas rescisórias de todos os trabalhadores e transmitirá em breve o resultado dessas negociações", alega a empresa.
Sesau responde
Ao ser questionando sobre a quantidade de funcionários que foram contratados pelo Governo do Estado, sobre o regime de contrato trabalhista e o pagamento desses profissionais, em nota a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informou que “àqueles funcionários que manifestaram interesse em permanecer trabalhando nas unidades hospitalares do Estado estão assinando gradativamente os contratos com o governo e receberão pagamento no mês de outubro”.
Entenda
No dia 30 de agosto, após ser notificado pela empresa sobre a paralisação total dos serviços contratados por causa da dívida, em torno de R$ 80 milhões que tem a receber, o Governo do Estado reincidiu o contrato com a Litucera e assumiu a administração dos serviços de alimentação, limpeza e rouparia dos hospitais públicos do estado.
Após a decisão do governo, a Litucera disse que queria continuar prestando o serviço e divulgou a decisão do desembargador federal Cândido Ribeiro, que acatou o recurso Agravo de Instrumento, derrubando a liminar que proibia a renovação e a celebração de novos contratos da Litucera com o Estado.
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