Sem terra fazem manifestação em frente ao Incra em Palmas

Grupo faz parte de um assentamento na Fazenda Santa Rita e foi denunciado pelo Incra na Polícia Federal e no Ministério Público Federal.

 

Um grupo de trabalhadores rurais sem terra está neste momento em frente à Superintendência Regional do Incra, em Palmas, na tentativa de abrir diálogo com a instituição. De acordo com a Assessoria de Imprensa do órgão, o grupo faz parte de um acampamento irregular de uma área particular localizada na Fazenda Santa Rita, entre Palmas e Aparecida do Rio Negro.

 

 

Ainda de acordo com o Incra, quando houve a ocupação, a instituição tentou fazer uma vistoria na área de 3,5 mil hectares, mas foi impedido pela presença de pessoas armadas no local. Ainda de acordo com o Incra, as lideranças do movimento estavam vendendo direitos da área e quem não quisesse pagar era expulso do acampamento.

 

 

 

Diante disso, o Instituto formulou denúncias contra os líderes do movimento na Polícia Federal (PF) e no Ministério Público Federal (MPF).

 

 

 

Segundo as informações, neste momento, o superintendente regional do órgão, Ruberval Gomes da Silva, aguarda que os sem terra se organizem em uma comissão, para recebê-los. Também devem participar da reunião, representantes do Ministério Público Federal e da Defensoria Geral da União. 

 

MST e MAB denunciam vendas de lotes

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Movimento dos Atingidos por barragens (MAB) divulgou nota onde repudia a ocupação da fazenda Santa Rita por um grupo dissidente do Acampamento Sebastião Bezerra.

De acordo com as duas entidades, as lideranças da ocupação lotearam a fazenda  e estão vendendo lotes de forma desordenada e sem um critério mínimo estabelecido pelo Incra.

 

Confira a íntegra da nota no MST e MAB.

NOTA DE ESCLARECIMENTO

 

Nós do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) desaprovamos a decisão  de um antigo grupo do Acampamento Sebastiao Bezerra, que de forma isolada, ocuparam a fazenda Santa Rita em 2012 e lá continuam até hoje.

         Querememos reafimar a importancia da luta pela terra e pela reforma agraria de forma oganizada, e que as decisões dos trabalhadores/as devem  ser tomadas no coletivo. A nossa luta continua com as familias  sem terra que se encontram acampadas nas margens da TO 050, sentido Palmas a Porto Nacional, no verdadeiro e legítimo Acampamento Sebatião Bezera da Silva e ainda reafirmamos que não nos responsabilizamos por nenhuma atitude do grupo que  se encontra na Fazenda Santa Rita.

         Repudiamos o que vem acontecendo na ocupaçao da Fazenda Santa Rita, onde as lidernças lotearam a fazenda e estão vendendo  os lotes de forma desordenada sem um mínimo de critérios definos pelo INCRA ao público da reforma agraria, alem de explorar os trabalhadores, criam perpectivas negativas à aquelas pessoas que de fato necessitam de um pedaço de terra para garantir a sua sobrevivência. E também queremos esclarecer para sociedade que existe somente um Acampamento Sebastião Bezerra da Silva e que este é organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST e Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB.

         Solicitamos das autoridades competentes quer tomem as devidas providências necessárias em relação à aquelas pessoas que estão vendedo os lotes daquela área de terra pública (Fazenda Santa Rita) e aquelas pessoas oportunistas que estão comprando estes lotes de terras para tranbsformarem em chácaras de lazer, onde estas terras deveriam ser utilizadas para Reforma Agraria e produzir alimentos saudáveis para o povo brasileiro.

 

 

Maria dos Anjos Silva

Coordenação MAB

 

José Ribamar Sales

Coordenaçao MST

 

 

 

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