Sem transporte escolar, alunos da zona rural de Miracema ficam sem aula

Alunos que estudam na zona rural de Miracema estão sem aula por falta de transporte escolar. Eles temem perder ano letivo por causa do problema

Prefeitura de Miracema
Descrição: Prefeitura de Miracema Crédito: Lourenço Bonifácio

Alunos que estudam na zona rural de Miracema do Tocantins estão sem aulas há pelo menos 15 dias. A denúncia foi feita ao Portal T1 Notícias por pais de alunos que estão impedidos de frequentar as aulas por falta de transporte escolar.

 

De acordo com Raimunda Francisca da Silva, mãe de seis crianças com idade entre 10 e 16 anos, seus filhos estão ameaçados de perder o ano letivo. “Faz 15 dias que eles não vão para a escola porque não tem transporte escolar” informou.

 

Ainda segundo a mãe, as crianças estudam do Assentamento Brejinho, que fica distante de casa. “É um absurdo o que estão fazendo com nossos filhos. Todos os alunos da zona rural estão sem aula e correm o risco de perder o ano letivo ”, afirmou.

 

O problema da falta de transporte estaria ocorrendo porque a Prefeitura não teria pago pelo serviço e as empresas contratadas suspenderam os trabalhos. “Faz três meses que o pessoal que faz o transporte escolar não recebe pelos serviços”, informou o vice-prefeito eleito da cidade, João Batista de Araujo Neto, conhecido como Soldado Araújo.

 

Prefeitura admite problemas

O secretário de Educação de Miracema, Fábio Antonio Rocha Coelho, informou ao Portal T1 Notícias que o município está com dificuldades para manutenção do transporte escolar em algumas rotas.

 

De acordo com o secretário, o problema aconteceu em função da queda dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e outras receitas externas. “Em função disso estamos com dificuldades para dar a contrapartida nos contratos”, argumentou o secretário.

 

Fábio Antônio acredita que ainda esta semana a situação será normalizada. “Estamos fazendo todos os esforços para normalizar a situação e tranquilizar os pais e alunos “, informou.

 

Calendário letivo

O secretário de Educação informou também que outra preocupação é com o calendário escolar. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB) determina que o calendário escolar tenha 200 dias letivos. “Nossa preocupação não é apenas em cumprir o calendário escolar, mas também o conteúdo das disciplinas”, argumentou.

 

Para o secretário, na pior das hipóteses, em alguns casos, o calendário pode ser alongado. “Mas estamos fazendo todos os esforços para solucionar o problema de transporte o mais rápido possível”, sustentou.

 

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