Semarh aborda desafios entre REDD+, agro e desenvolvimento de baixas emissões

Painel evidenciou que, apesar das tensões entre desenvolvimento produtivo, metas ambientais e instrumentos como o REDD+, existem caminhos quando o diálogo é contínuo, transparente e colaborativo

Crédito: Divulgação Semarh/Governo do Tocantins

A Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Tocantins (Semarh) realizou, na tarde desta segunda-feira (17),  painel na COP 30 Brasil Amazônia, em Belém (PA), para discutir o aparente conflito entre os programas jurisdicionais de REDD+, as iniciativas de desenvolvimento de baixas emissões e a competitividade do setor agroprodutivo. O encontro ocorreu das 15h45 às 18h, na Greenzone do Consórcio da Amazônia Legal.

 

 

O painel evidenciou que, apesar das tensões entre desenvolvimento produtivo, metas ambientais e instrumentos como o REDD+, existem caminhos possíveis quando o diálogo é contínuo, transparente e colaborativo. A comunicação foi apontada como o elemento-chave para aproximar agendas, reduzir conflitos e fortalecer resultados nas políticas climáticas e de conservação.

 

 

Moderado pela assessora de Apoio à Gestão de Políticas Públicas Ambientais da Semarh, Isabel Acker, o painel reuniu representantes do Governo do  Tocantins, do Governo Federal, de instituições de pesquisa e de programas jurisdicionais da Amazônia Legal.

 

 

Participaram como palestrantes: a diretora de Inteligência, Clima e Floresta da Semarh, Cristiane Peres; diretor executivo do Earth Innovation Institute, Daniel Nepstad; coordenadora-geral de Instrumentos Econômicos do Ministério do Meio Ambiente, Mariane Nardi; superintendente de Gestão de Políticas Públicas Ambientais da Semarh, Marli Santos; advogada e assessora de Apoio à Gestão de Políticas Públicas Ambientais da Semarh, Ravenna Vieira; diretor executivo do Instituto Produzir, Conservar, Incluir (PCI), Richard Smith, do Estado de Mato Grosso.

 

 

Governança e confiança

No encerramento, a superintendente de Gestão de Políticas Públicas Ambientais da Semarh, Marli Santos, reforçou que o REDD+ não é uma solução única, mas um “dinheiro semente” dentro de uma política pública que exige planejamento conjunto. Ela ressaltou que a superação de conflitos depende do fortalecimento da governança e da reconstrução da confiança entre Estado, produtores rurais, comunidades tradicionais e originárias. “O conflito existe, mas será solucionado quando houver diálogo aproximado e um objetivo comum: proteger e manter os ecossistemas, produzindo mais com a floresta em pé”, afirmou.

 

 

A moderadora, assessora de Apoio à Gestão de Políticas Públicas Ambientais da Semarh, Isabel Acker, destacou que as salvaguardas relacionadas ao REDD+ oferecem base de segurança jurídica, participação e manutenção de resultados. De acordo com a síntese das falas dos participantes, ela afirmou que a mensagem central do painel aponta para a importância de investir no “sentido da comunicação, do diálogo e da transparência”, elementos fundamentais para engajar os setores e construir um pacto de confiança.

 

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