Um Plano de Desenvolvimento Industrial - PDI - para o estado do Tocantins foi encomendado pelo presidente da FIETO e Sebrae Tocantins, Roberto Pires, conforme anunciado em seu pronunciamento durante o Seminário de Logística realizado dentro da programação do 1º Congresso da Indústria Tocantinense - CIT nesta quinta feira, 03. Autor de projetos como o Norte Competitivo, Renato Pavan, foi um dos participantes do Seminário e será o consultor responsável pelo PDI do Estado. Os estudos devem começar ainda este ano.
Na ocasião, o presidente destacou que a logística de escoamento do Tocantins se consolida de forma definitiva com o pleno funcionamento da Ferrovia Norte Sul, já instalada no Estado. “O nosso desafio agora é aliar o potencial que temos para o agronegócio com o poder de transformação da indústria. Precisamos que o Tocantins não seja apenas um eixo viário, mas também de desenvolvimento oferecendo condições para que as empresas possam se instalar no entorno da Ferrovia”, enfatizou.
As discussões durante o Seminário foram norteadas por palestras e um debate que abordaram o potencial logístico do Tocantins destacando modais de transporte como a BR 153, a Hidrovia do Rio Tocantins e a Ferrovia Norte Sul.
Pavan abordou o tema “Os gargalos logísticos da Amazônia e do Tocantins e sugestão para a sua superação”. “A logística é de suma importância para o desenvolvimento industrial. O intuito do Projeto é justamente fazer um planejamento em logística, a fim de diminuir os custos com transportes de carga para os estados da Amazônia Legal, tornando-a competitiva e propiciando o seu desenvolvimento sustentável”, explicou durante sua apresentação.
A importância do Valor da Logística Integrada (VLI) para o setor industrial no Brasil e as oportunidades criadas pela Ferrovia Norte Sul no Estado do Tocantins foi o tema da palestra do gerente técnico de Desenvolvimento de Negócios da VLI, Eduardo Calleia, que ressaltou os principais cadeamentos produtivos do Estado, como Carne, Grãos, Madeira.
O papel do Brasil na Agricultura familiar e a potencialidade da região Centro Norte em produzir alimentos também foi destacada por Calleia. “O Tocantins em especial, possui terras, índice pluviométrico, logística, dentre outras situações favoráveis para o desenvolvimento. É preciso que se traga os empresários para conhecer o Estado, criando oportunidades de geração de valor”.
O superintendente de Apoio ao Conselho de Coordenação de Programas e Projetos Estratégicos (COPPE) da Secretaria de Planejamento e da Modernização da Gestão Pública do Estado do Tocantins, José Antônio Guerra ministrou a palestra “O corredor de desenvolvimento Tocantins - Araguaia – A visão do Estado” e apontou a viabilidade da Hidrovia do Rio Tocantins.
O custo com transporte hidroviário chega a ser oito vezes menor em comparação com o rodoviário, utilizado no Estado. “A curto prazo podemos viabilizar o percurso de 700 km entre os municípios de Peixe e Aguiarnópolis e aproveitar o pátio da Ferrovia em Estreito para escoar a produção para o Porto de Itaqui (MA). O Tocantins não pode mais esperar 10 anos para a construção das eclusas das Usinas de Lajeado e Estreito. Temos que pensar em alternativas que viabilizem o desenvolvimento”, explicou José Guerra.
Após as palestras, o público participou do debate por meio de perguntas mediadas pelo chefe de gabinete da FIETO, José Roberto Fernandes. As questões levantadas durante o Seminário também serão incluídas na Carta da Indústria que será entregue ao governador Siqueira Campos, nesta sexta feira, 04, às 18 horas durante o CIT.
Seminário aponta logística como um dos pontos para o desenvolvimento do TO
Presidente da FIETO e Sebrae Tocantins, Roberto Pires, encomentou um Plano de Desenvolvimento Industrial - PDI - para o estado do Tocantins
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