O servidor público da Guarda Municipal de Porto Nacional, Nilberto Machado, iniciou na manhã desta segunda-feira, 10, uma greve de fome por tempo indeterminado. Logo pela manha ele foi ao quartel da corporação e anunciou sua decisão. “A decisão de entrar em greve de fome é para sensibilizar a administração municipal para que as negociações evoluam. Só assim poderemos trabalhar com mais dignidade e prestar um serviço de qualidade para toda a população”, diz Nilberto Machado.
O servidor contou ao Portal T1 Notícias que o motivo é a luta da categoria pela aprovação do estatuto e o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR). A Prefeitura estaria demorando a enviar para a Câmara Municipal o projeto de Lei que trata do PCCR da corporação. De acordo com Nilberto Machado, a Guarda Municipal de Porto Nacional luta há 11 anos pela sua regulamentação definitiva.
Uma comissão com a participação da Prefeitura, representantes da Guarda Municipal e do Sindicato dos Servidores Públicos do Estado do Tocantins (Sisepe) foi criada para elaborar o PCCR, mas as negociações travaram na tabela financeira, que determina os salários e as progressões da corporação. Conforme Nilberto Machado disse ao T1, não houve abertura por parte da Prefeitura para dar andamento nas propostas apresentadas pela categoria.
Ainda de acordo com o servidor, que informou estar se alimentando apenas com água, a Guarda Municipal não tem uma sede própria, os uniformes são poucos e estão acabando, não tem viatura e passa por dificuldades, não conseguindo atender a população. “Só hoje foram três roubos aqui em Porto, mas como é que a gente vai trabalhar sem condições?”, questiona.
O servidor ficou do lado de fora do prédio que abriga a Guarda de Porto Nacional, já que não tem autorização para fazer greve de fome dentro do local e, a partir de amanhã, informou que estará em frente ao Sisepe. “Espero que a Prefeitura dê abertura para resolver esse problema. Eu gostaria que o prefeito atendesse a gente”, finalizou Nilberto.
O Portal solicitou uma resposta da Prefeitura de Porto Nacional quanto à situação e aguarda resposta.
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