Servidores do Instituto Federal do Tocantins (IFTO) contestaram nesta sábado, 07, a nota da reitoria da instituição enviada ao Portal sobre a substituição do diretor-geral do campus de Colinas do Tocantins, professor Paulo Hernandes, por outro não eleito pela comunidade acadêmica. Conforme um representante dos servidore em contato com o T1, houve intervenção do reitor do IFTO, o professor Antonio da Luz Júnior, de forma autoritária em um processo que definiu, de forma provisória, o novo diretor do campus de Colinas.
“Ele exonerou o diretor sem fazer uma consulta à comunidade” disse a fonte, que afirmou, ainda, que outros cargos de coordenação e chefia na instituição de Colinas também já foram remanejados por ele, sem que houvesse um andamento “democrático”. Atos nesse sentido foram publicados no Diário da União dos dias 2 e 3 de março de 2020.
Em resposta ao posicionamento do reitor, houve a entrega de cargos por parte do grupo insatisfeito pela reforma administrativa. Segundo esse mesmo grupo, a exoneração de Paulo Hernandes não obedeceu critérios de representações sindicais e estudantil.
“Na última quinta-feira. 27 de fevereiro, o Reitor do IFTO esteve no campus Colinas do Tocantins para tratar da sucessão da atual Direção-Geral pro tempore, uma vez que o campus completou cinco anos oficialmente no dia 30/12/2019. Infelizmente, confirmando rumores que já circulavam, o dirigente máximo da Instituição informou que usaria a MP 914 para destituir o atual diretor-geral do campus e nomear em seu lugar um interventor para, segundo ele, conduzir o campus durante um processo eleitoral que será deflagrado pelo Reitor (não pelo CONSUP), que também escolheria o presidente da Comissão Eleitoral” ressaltou o grupo em nota enviada a própria reitoria.
Foram entregues quatro cargos de coordenação e dois de presidência. “Cabe ressaltar que não nutrimos nada além de estima pelos colegas que assumiram, ou por aqueles que não
quiseram ou não puderam renunciar” manifestou o grupo.
Entenda
Ao T1, a reitoria se manifestou dizendo que o reitor, Antonio da Luz, convocou reunião com toda a comunidade, ocasião em que assegurou que o processo de sucessão do cargo de diretor-geral ocorreria mediante processo de consulta eleitoral, respeitando-se os preceitos democráticos que regem o funcionamento do IFTO.
Disse, também, que mesmo com o surgimento da Medida Provisória nº 914, de 24 de dezembro de 2019, que dá ao reitor a prerrogativa de indicação de diretores de unidades, restou assegurado pelo reitor do IFTO o respeito à vontade da comunidade.
Enfatizam ainda que o processo de consulta seguirá os trâmites do Regulamento Eleitoral do IFTO. "Assim como foi explicado presencialmente à comunidade do campus, o processo de consulta foi deflagrado pelo reitor do IFTO, visto que a legislação vigente não prevê deflagração pelo Conselho Superior para o cargo de diretor-geral", diz a instituição em nota.
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