Servidores do Incra deflagram greve nesta 2ª por reestruturação da carreira

Servidores irão paralisar as atividades por tempo indeterminado a partir de segunda-feira, 24. Eles cobram um posicionamento do governo sobre a reestruturação e valorização da carreira.

Servidores do Incra entram em greve nesta 2ª
Descrição: Servidores do Incra entram em greve nesta 2ª Crédito: Divulgação

Desde 2008 os servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) tentam, sem sucesso, negociar com o Governo Federal a reestruturação de carreira no órgão. Por conta da falta de propostas, os servidores do Incra no Tocantins devem iniciar uma greve por tempo indeterminado a partir desta segunda-feira, 24.

 

O movimento grevista reivindica, além da reestruturação da carreira, recomposição salarial, concurso público, fim das terceirizações e melhores condições de trabalho. Atualmente 10 superintendências do órgão federal estão em greve em todo o Brasil.

 

O diretor jurídico do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal no Estado do Tocantins (Sintsep-TO), Flávio Mota, afirmou que a greve do Incra no Estado foi deliberada em assembleia na última segunda-feira, 17, e os servidores aguardaram um posicionamento do governo até o fim da semana. No entanto, sem nenhum indicativo de qualquer acordo, os servidores resolveram paralisar as atividades.

 

“Em nível nacional já estão com esse tema da ineficiência do Incra. Nós não queremos manchar a imagem do nosso órgão, mas não podemos ser omissos com os problemas que estão ocorrendo”, afirmou Flávio.

 

Serviços prejudicados

Com a greve, diversos serviços ficarão comprometidos, inclusive o Plano Agrícola e Pecuário 2015/2016 (Plano Safra 2015). Além disso, também será prejudicada a liberação da declaração de aptidão do agricultor, que permite ao agricultor fazer financiamentos agrícolas, e principalmente na Declaração de Aptidão ao Pronaf.

 

Flávio Mota estimou que cerca de 30 mil famílias assentadas no Estado também podem ser prejudicadas com a suspensão dos serviços do Incra. “A ideia não era prejudicar ninguém, mas o órgão já está trabalhando em deficiência há muito tempo. Estamos trabalhando com muita terceirização”, disse o diretor, que apontou ainda outros problemas internos, como um corte de energia que foi feito este mês no prédio do órgão por falta de pagamento.

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