Após cinco dias de greve geral, os servidores do Poder Judiciário do Estado do Tocantins decidiram ontem, em assembleias regionalizadas, pela suspensão da paralisação até a votação do projeto de lei que versa sobre a Revisão Geral Anual (data-base) da categoria, em sessão do Tribunal Pleno, marcada para o próximo dia 6 de outubro. A decisão ocorre em acolhimento ao expediente subscrito pelo desembargador Marco Anthony, presidente da Comissão de Regimento e Organização Judiciária, com anuência dos demais desembargadores membros da Comissão. Os servidores voltam a trabalhar normalmente a partir de segunda-feira, 26, mas seguem em estado de greve até a data do Pleno.
Além disso, também foi remarcada para a próxima segunda, às 10h da manhã, no gabinete da Presidência do Tribunal de Justiça, a reunião da presidência do TJTO com as diretorias de todos os sindicatos que representam os servidores do Poder Judiciário. A reunião estava marcada para a manhã de ontem, 23, no entanto, foi remarcada a pedido dos próprios sindicatos e Associação dos Servidores do TJ. Os servidores reivindicam o pagamento da data-base, retroativo a maio de 2016, em 11,28%.
“Considerando que a Comissão, por meio do des. Marco Anthony solicita a suspensão do movimento de forma respeitosa e serena, revelando compromisso com o Poder Judiciário, jurisdicionados e seus servidores, compromisso e características estas que se estende aos demais membros da corte, os servidores acatam o pedido e suspendem o movimento grevista até a sessão ordinária do Tribunal Pleno do dia 06/10/2016, onde esperam que seja votada em definitivo a Revisão Geral e Anual de suas remunerações no índice oficialmente aferido de 11,28% (onze vírgula vinte oito por cento)”, assim deliberaram os servidores da Comarca de Palmas em trecho da ata da Assembleia.
O presidente do Sindicato dos Servidores da Justiça do Estado do Tocantins, Fabrício Ferreira, disse que a suspensão da greve é um sinal de respeito e confiança no colegiado. “A classe de forma uníssona deliberou nas 42 comarcas pelo acatamento do pedido, e isso se dá pelo indiscutível respeito e confiança que a categoria deposita no colegiado. Sempre tivemos em mente que a colegialidade deve ser respeitada e tratada com a deferência que sua importância requer, razão pela qual acreditamos na sensibilidade de todos os desembargadores componentes do Tribunal Pleno, pois sentimos e sabemos do incansável trabalho do colegiado em promover a entrega da justiça”, relatou Ferreira.
O Sinsjusto também destaca o trabalho da OAB-TO como mediadora imparcial no momento de crise. “Esta formação da OAB é sensível e preocupada com bem estar social. A categoria agradece a postura sempre serena e imparcial da Ordem dos Advogados do Brasil no Tocantins”, esclareceu Fabricio Ferreira.
(Com informações da Ascom/Sinsjusto)
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