Servidores públicos entram em greve por tempo indeterminado

A Prefeitura de Taguatinga não pagou o 13º salário de nenhum servidor público municipal, além de também não ter pago o salário de novembro dos servidores do Quadro da Saúde.

Servidores decidem pela greve
Descrição: Servidores decidem pela greve Crédito: Elane Pinheiro

Os servidores municipais de Taguatinga, cidade localizada na região sudeste do Tocantins, estão em greve por tempo indeterminado. A decisão foi aprovada durante Assembleia Geral realizada na última quarta-feira, 26. O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos no Estado do Tocantins (SISEPE-TO), Cleiton Pinheiro, está no município acompanhando toda a situação. Segundo ele, o que motivou a greve é que até o presente momento, a Prefeitura de Taguatinga não pagou o 13º salário de nenhum servidor público municipal, além de também não ter pago o salário de novembro dos servidores do Quadro da Saúde.

 

Reunidos debaixo de uma tenda erguida em frente à Prefeitura Municipal, os servidores estão “acampados” em sinal de protesto, desde o início desta manhã. “É uma paralisação por tempo indeterminado. Os servidores estão parados e o SISEPE-TO vai continuar aqui pelo tempo que for necessário, dando total apoio aos servidores”, enfatizou Cleiton Pinheiro.

 

Sobre o número de servidores prejudicados com o não pagamento dos salários, o presidente do SISEPE-TO relatou que, entre efetivos e contratados, o total aproximado é de 700 pessoas.

 

“Desde o dia 24 estamos tentando falar com o prefeito Ailton para tratar da situação, mas ele não atende. A informação que temos é que ele não está na cidade e que chegaria hoje. Estamos aguardando. Também estamos tentando contato com o prefeito eleito Eronides Teixeira para discutir com ele a situação”, relatou Pinheiro.

 

Histórico

Neste ano, o SISEPE-TO notificou várias vezes a Prefeitura de Taguatinga por atraso no pagamento de salários dos servidores municipais. A última notificação extrajudicial aconteceu em novembro e relatava o descaso da administração pública municipal que parecia “ter criado uma cultura de só pagar o servidor público após ser notificada pelo SISEPE-TO”.

 

Naquela época, os servidores prejudicados eram os do Quadro da Saúde e chegaram a ficar mais de 20 dias com os salários atrasados.

 

A situação se agravou tanto que no dia 14 de dezembro, o SISEPE-TO ingressou com Ação Judicial pedindo o bloqueio dos recursos suficientes para o pagamento dos salários em atraso de todos os servidores municipais. “Com relação a essa ação, estive há pouco no Fórum despachando com o juiz e ele se comprometeu em analisar o processo ainda hoje”, informou o presidente do SISEPE-TO. (Assessoria, Ana Mariana Araújo)

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