Sete órgãos para transplantes, captados no TO, são enviados a pacientes em espera

A doação pode salvar a vida de cerca de seis pessoas, que aguardam por cirurgia na fila de espera do sistema nacional de transplante. Os órgãos serão destinados ao Estado de São Paulo e ao DF

Os órgãos foram destinados ao Estado de São Paulo e ao Distrito Federal
Descrição: Os órgãos foram destinados ao Estado de São Paulo e ao Distrito Federal Crédito: Ellayne Czuryto

Uma grande mobilização de equipes da saúde, da segurança pública e do Ministério da Saúde possibilitou a retirada e transferência de órgãos humanos para transplantes neste sábado, 15, no Hospital Geral de Palmas (HGP). A terceira e maior captação de órgãos no Tocantins contou com toda a estrutura do HGP, da Central Estadual de Transplantes e outros parceiros, que efetivaram a captação do pâncreas, fígado, rins e córneas de uma doadora de 24 anos que faleceu na unidade.

 

A doação pode salvar a vida de cerca de seis pessoas, que aguardam por cirurgia na fila de espera do sistema nacional de transplante. Os órgãos foram destinados a apcientes em São Paulo e no Distrito Federal, e as duas córneas serão usadas em pacientes do Tocantins.

 

A ação foi possível graças à atitude da professora Antônia Facundes de Souza, que autorizou a doação dos órgãos de sua filha de 24 anos, que sofreu morte encefálica após um acidente de trânsito. “No momento não foi fácil tomar essa decisão, mas com o apoio e esclarecimentos da equipe do Hospital, eles me convenceram e me mostraram o caminho certo, que eu poderia colocar a vida da minha filha em pessoas que estavam entre a vida e a morte, e que no futuro, quem sabe, essa pessoa possa brilhar como minha filha sonhava”, declarou, emocionada.

 

A mãe da jovem falou ainda sobre a decisão de doar, mesmo a filha não manifestando o desejo em vida.  “Eu conversei muito com ela, falei pra ela sobre a importância e da alegria que ela podia dar para essas famílias que estão sofrendo como eu. Eu estou me sentindo feliz e tenho certeza que ela também ficaria em saber que vai continuar brilhando no corpo de outra pessoa”.

 

O enfermeiro Vinicius Boaventura, da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do HGP, explica que o tempo é muito rápido de decisão da família. “A família recebe a notícia da morte encefálica e nós fazemos o acolhimento e orientações. A doação é consequência desse acolhimento e esclarecimento junto à família, principalmente quando a pessoa não deixou nada registrado. A gente conta sempre com a sensibilidade da família, que nesse momento de dor, possa pensar em ajudar outras famílias que também estejam sofrendo”.

 

Vinicius ressalta a necessidade de falar sobre o transplante de órgãos com os familiares ainda em vida. “Para que a doação de órgãos aconteça é necessário que em vida o doador avise a família. Se a pessoa tem essa vontade e deixou claro para os familiares, com certeza ela será respeitada”.

 

(Com informações da Ascom/Sesau)

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