Sindicato dos Caminhoneiros lidera ações de paralisação no Estado

Sindicato dos Caminhoneiros do Tocantins adere a paralisação nacional
Descrição: Sindicato dos Caminhoneiros do Tocantins adere a paralisação nacional Crédito: Ascom

O movimento grevista nacional recebeu apoio do Sindicato dos Caminhoneiros do Estado do Tocantins (Sindcamto), que já participa da paralisação do transporte de carga no Estado. A direção da entidade juntou-se ao movimento grevista nas cidades de Porto Nacional, Paraíso do Tocantins e no distrito portuense de Luzimangues e promoveu a primeira paralisação no fim da tarde desta quarta-feira, 23.

 

Segundo o presidente do Sindcamto, José Aparecido do Nascimento, o movimento tem o objetivo de frear o aumento do combustível a nível nacional. O presidente salientou que o custo alto do petróleo prejudica todos os segmentos, desde o caminhoneiro a empresa que contrata o frete e o consumidor final, de quem é cobrado todos os custos.

 

Mesmo com a proposta do governo federal de isentar o diesel da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), a paralisação continua. Os caminhoneiros afirmam que a Cide é a parte menor da tributação e sua simples retirada não vai resolver a situação. Junto com a Cide, pesam sobre o preço dos combustíveis impostos como PIS, Psep, Confins e ICMS, sendo o ICMS responsável por 30% do valor da mercadoria.

 

Os impostos representam quase a metade do valor do combustível na refinaria. “A carga tributária menor daria fôlego ao setor, já que o diesel representa 42% do custo do frete”, considera José Aparecido.

 

Além da redução da carga tributária os manifestantes cobram a mudança na política de reajuste dos combustíveis da Petrobrás. Por conta dos reajustes diários no diesel, os caminhoneiros autônomos dizem estar no limite dos custos. Nos últimos 12 meses, o preço do diesel na bomba subiu cerca de 15,9%. O valor está bem acima da inflação acumulada em 12 meses, em 2,76%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

José Aparecido afirmou que a categoria não realiza a paralisação com felicidade, mas explica que é a alternativa que resta para reverter a situação caótica que vive o transporte de carga no Brasil. Aparecido disse também que a categoria visa envolver a sociedade no movimento, pois assim será mais fácil alcançar a solução para a crise.

 

A paralisação nacional que vem bloqueando diversas rodovias é liderada pela Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam).

 

 

 

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