Em entrevista concedida ao T1 Notícias na manhã desta sexta-feira, 25, o presidente do Sindicato dos Caminhoneiros do Tocantins (Sindcamto), José Aparecido do Nascimento, afirmou que apesar do acordo proposto pelo Governo Federal de uma trégua de 15 dias na paralisação, a categoria no Tocantins permanecerá paralisada. O presidente do Sindiposto, Wilber Silvano também confirmou hoje em entrevista ao T1, que os 54 postos de combustíveis de Palmas estão desabastecidos.
Para o presidente do Sindcamto, o acordo proposto pelo governo Temer não representa a categoria. “A nossa vai continuar! Não atendeu a categoria e vamos fazer a pergunta, será que atendeu a sociedade? A nação? No dia que atender a nação, atende a gente também. Essa é a opinião do sindicato aqui no Tocantins e nós temos uma comissão de caminhoneiros muito animada, estamos amparados com a vontade de homens de bem”, disse José Aparecido.
Ao confirmar que todo o precurso da Belém-Brasília no Estado está mobilizada, o presidente do Sindcamto também explicou a importância do apoio que a paralisação tem recebido. “Temos o apoio da população também, que é muito importante com essa crise que estamos passando, provocada por má gestão dos governantes. Infelizmente temos que dizer isso. Já tem muita gente que tem manifestado apoio para nós, o Sindifiscal, o Sindicato dos Bancários, o sindicato rural, a força sindical. E todos são bem vindos, queremos é um resultado que corresponda aos anseios da sociedade”, explicou.
Palmas sem combustíveis
O Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Tocantins (Sindiposto) confirmou ao T1 que devido à interdição das rodovias e a impossibilidade da chegada do combustível na Capital, os 54 postos de gasolina de Palmas já estão desabastecidos. O presidente Wilber Silvano também informou que o estoque na cidade de Gurupi já era escasso ontem à tarde, e que em Araguaína ainda estava sendo feita uma avaliação sobre o estoque.
A prefeita de Palmas, Chintia Ribeiro se manifestou no Twitter sobre a situação na Capital. "Agora é oficial, Palmas é a primeira capital do Brasil a sofrer total desabastecimento de combustível em seus 54 postos de abastecimento. Estamos trabalhando para garantir segurança e tranquilidade à população, monitorando toda a cidade e os serviços emergenciais estão mantidos", garantiu.
Transporte coletivo em Palmas
Em Palmas, o transporte coletivo teve a circulação da frota reduzida em 5% a partir da tarde desta quinta-feira, 24, quando 10 ônibus foram retirados de circulação, apenas fora do horário de pico. O Eixão é a linha mais afetada e os ônibus deverão sair das estações de 10 em 10 minutos. Conforme o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo (Seturb), há combustível para os coletivos circularem até o fim de semana.
Gás de cozinha
Também na Capital, pelo menos 12 pontos de distribuição de gás de cozinha ficaram sem estoque, já que os caminhões que fazem as entregas estão impedidos de entrar na cidade. As distribuidoras que ainda tem o produto afirma que são poucas as unidades nos estoques.
Alimentos
O Centro de Abastecimento de Hortifrutigranjeiros (Ceasa), localizado em Taquaralto, já está sem estoque. Vários supermercados estão desabastecidos de frutas, legumes e verduras, e os que ainda mantém uma pequena quantidade estão cobrando preços abusivos. Nesta quinta-feira, 24, em uma rede de mercados, na região Sul de Palmas, a equipe do T1 flagrou o preço do quilo do tomate a R$ 9,99 e da batata a R$ 7,99. Todos os alimentos frescos que restam nas gôndolas estão sendo vendidos a preços exorbitantes. Conforme a Ceasa, os caminhões que deveriam ter entregue os produtos ontem na Capital estão parados nas rodovias.
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