Em nota enviada à imprensa na manhã desta quinta-feira, 31, o Sindicato dos Servidores da Justiça do Estado do Tocantins (Sinsjusto) manifestou apoio aos servidores do Poder Judiciário que estão sendo investigados pela Polícia Civil na Operação Chave Mestra, que apura o acesso indevido a processos sigilosos no sistema e-Proc, mantido pelo Tribunal de Justiça do Estado.
As investigações apontam a negociação das informações de caráter restrito, obtidas a partir de senhas de servidores do Poder Judiciário. “O Sindijusto lembra que a utilização da senha dos servidores não significa, necessariamente, que os trabalhadores detentores das mesmas as tenham usado para fins ilegais de divulgação de partes sigilosas de processos e ações”, informou o Sinsjusto.
O Sindicato ainda repudia a divulgação das identidades das pessoas envolvidas até o momento, pelo fato da operação ainda seguir em tramite de investigação, e se diz “atônito com o fato de que em uma investigação que apura a divulgação de informações restritas, a própria sigilosidade dos procedimentos investigativos não tenha sido mantida”.
O representante do Sinsjusto, Fabrício Ferreira, diz que a forma como o conteúdo vem sendo divulgado causa estranheza. "É de clareza solar, para nossa tristeza, que a mídia, reservando algumas exceções, é claro, sustenta sua pauta sob a égide do escândalo, sem se preocupar de forma responsável com o conteúdo vinculado. Não se atem aos princípios constitucionais julgam, condenam e executam a sentença lançando em uma cortina de fumaça negra, qualquer um, e o faz sem qualquer responsabilidade, usando como sustentáculo a 'liberdade de impressa', mas ao passo que não tem o mesmo esmero em reaver os efeitos morais após a elucidação dos fatos. Mais quimérico foi que a operação tratava-se de quebra de sigilo, sendo a investigação também um ato sigiloso, como a mídia obteve nomes?", questiona Fabrício Ferreira, que continua afirmando que a entidade acompanhará de perto todo desenrolar das investigações. "Vamos seguir acompanhando, com o objetivo de salvaguardar os direitos individuais dos nossos servidores envolvidos".
O Sinsjusto lembra, ainda, que em todas as áreas do TJTO, há uma grande rotatividade de estagiários que, por consequência da quantidade de trabalho e prazos, acabam tendo acesso às senhas dos servidores.
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