Após assembleia geral dos servidores em Educação do Estado, na tarde desta quarta-feira, 05, em Palmas, em que ficou deliberada a manutenção da greve que já se mantém há sessenta e um dias de sua deflagração, o secretário Estadual de Educação Adão Francisco, explicou em coletiva de imprensa que o governo vai manter a proposta apresentada, e com a permanência da paralisação, a Seduc vai buscar todas as possibilidades para fazer com que as aulas voltem à normalidade. Ao T1, o procurador Geral do Estado, Sergio do Vale, disse que já recebeu autorização do governador Marcelo Miranda, para pedir na justiça a ilegalidade da greve nesta quinta-feira.
O secretário Adão Francisco explicou que “o valor que vai ser incorporado nas contas da Seduc chega à casa dos 26 milhões, o que pesa muito para nós que não podemos fechar nosso orçamento só com folha de pagamento, mesmo assim estamos propondo pagar da melhor forma possível”.
A proposta da Seduc é de pagamento das progressões de 2013, de forma imediata, a partir do encerramento da greve, em seis vezes, e a progressão de 2014, incorporada nos meses de setembro e outubro deste ano, e seu passivo pago entre janeiro e abril de 2016. “Com relação à 2015 nós ainda estamos no curso, a categoria tem até o final do ano para solicitar a progressão e ela deverá ser paga entre agosto e dezembro de 2016”, pontuou Adão Francisco.
De acordo com a Seduc nesta terça-feira, 04, com o início do segundo semestre letivo, cerca de 55% dos alunos do Estado tiveram aulas normalmente e o secretário Adão disse que aguarda para está quinta-feira, um quantitativo bem maior de profissionais retornando às atividades.
Posicionamento do Sintet
Por telefone, a assessoria de comunicação do Sindicato dos Servidores em Educação do Tocantins (Sintet) explicou que em reunião ocorrida no início da tarde desta quarta-feira, 05, em Palmas, com representantes do 
Sindicato de todo o Tocantins, ficou decidida a manutenção da greve da categoria. Ainda segundo o Sintet, com a medida, mais de 150 mil alunos permanecem sem aulas em todo Estado.
De acordo com o Sindicato, o governo do Estado mantém uma proposta que a categoria não aceita, em que o pagamento das progressões de 2015 e os passivos gerados de 2013 e 2014, só serão publicados e posteriormente pagos em 2016.
A categoria agora espera que o governo do Estado se posicione com nova proposta e chame o Sindicato para o diálogo, para que os novos rumos da paralisação sejam discutidos. “Não vamos aceitar a proposta que o governo está nos oferecendo, por isso decidimos manter a greve, que alcança mais de 90% dos servidores em educação de todo Estado”, disse o Sintet.
Atualizada às 11h07, de 06/08
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