Sintet reclama de interferência política na indicação de diretores: Adão rebate

O Sindicato apontou haver interferência política na indicação dos novos diretores de escolas, mas o secretario rebateu afirmando ser feita análise de currículo. Eleição deve acontecer no 2º semestre

Adão Francisco, secretário da Educação
Descrição: Adão Francisco, secretário da Educação Crédito: Bonifácio/T1Notícias

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet) apontou que o atual Governo do Estado estaria promovendo indicações políticas para o cargo de diretor de escolas e supostas retaliações a diretores que teriam apoiado o antigo Governo, de Sandoval Cardoso.

 

De acordo com nota divulgada pelo Sintet, “os diretores que se aliaram, nas eleições passadas, à atual oposição foram ou estão sendo expurgados. O mesmo método está sendo aplicado a outros profissionais. Há municípios onde o cacique político local já tem até lista para indicar a diretoria, remover professores, trocar coordenadores pedagógicos, a secretaria geral e outros cargos”.

 

O Sindicato alega que a interferência política causa “desorganização pedagógica, descontinuidade de ações e projetos, distanciamento da comunidade escolar, politicagem desenfreada, perseguições, falta de estímulos no quadro de pessoal e desarticulação do projeto político-pedagógico”.

 

Secretário diz fazer análise de currículo dos indicados

Portal T1 Notícias procurou o secretário estadual da Educação, Adão Francisco de Oliveira, que afirmou que os currículos estão sendo analisados para escolha dos novos diretores.

 

“Estamos fazendo seleção de currículos. As indicações estão sendo feitas e é claro que são feitas, só que estamos analisando os currículos de quem está sendo indicado”, explicou.

 

Eleição para diretor

Uma das solicitações do Sintet é a realização de eleições para diretores das escolas, com a campanha “Eleição direta já para diretor de escola”, com o mote: “Diretor de Escola é um cargo de confiança. De confiança da comunidade escolar”.

 

Questionado sobre isso, o secretário afirmou que “isso é bobagem, porque desde o primeiro momento nós já tínhamos nos antecipado e dissemos que nós íamos trabalhar no sentido de construir as eleições para diretor. A gestão democrática da escola é uma prerrogativa contida não só na LDB [Lei de Diretrizes e Bases da Educação] como também no Plano Nacional da Educação”.

 

No entanto, de acordo com Adão Francisco, não há condições de se fazer as eleições até março, como queria o Sintet. “Vamos gastar este primeiro semestre fazendo um estudo e já temos uma comissão instituída para fazer uma avaliação para realização das eleições”, disse o secretário.

 

Retaliação a diretores que apoiaram governo passado

T1 questionou ainda ao secretário se há algum tipo de retaliação aos diretores que apoiaram a atual oposição. Segundo ele, “não existe nada disso. Aquilo que está sendo construído no âmbito local de conversa é próprio do âmbito local. No que diz respeito a nós, o que nos cabe é fazer avaliação de currículos e escolher os diretores que vão responder às escolas da melhor forma possível”.

 

O secretário disse ainda que de hoje para amanhã nomeações para esses cargos devem acontecer.

 

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