O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Tocantins confirmou neste sábado, 12, por meio de nota à imprensa, que os servidores da Saúde não receberam do Estado o pagamento dos acordos firmados pela Secad, no último dia 7, em reunião com a diretoria do Sintras, no primeiro dia da greve que já dura quase uma semana. “Foi confirmado o calote do governo aos servidores da saúde do Tocantins nesta sexta-feira, 11, não pagando os direitos da categoria proposto pela própria gestão estadual”, informa o sindicato.
A Secretaria da Administração informou nesta sexta-feira, 11, a suspensão do pagamento dos retroativos do adicional noturno (referente aos anos de 2010, 2011 e 2012), insalubridade, plantão extra e gratificações, após os servidores continuarem a greve. A Secad disse que “a medida se faz necessária, pois, mesmo com acordo selado com o Governador em exercício, que previa a normalização do atendimento com o pagamento adicional noturno, no valor R$ 1.314.000,00, no último dia 8, o movimento paredista se manteve”.
Segundo o Sintras, “a mobilização dos servidores nos hospitais do Estado não tem o objetivo de prejudicar os pacientes que procuram por atendimento nas unidades hospitalares estaduais. Pois, sem receber os direitos amparados em Lei, o que fez aumentar a revolta dos servidores foi à falta de respeito do governo com a classe, onde o Estado não cumpriu o cronograma de pagamentos e nem emitiu nota de esclarecimentos aos servidores informando o porquê não creditou os devidos valores na conta dos profissionais da saúde”.
O sindicato informou ainda que a paralisação continua nos hospitais de Augustinópolis, Araguaína, Guaraí, Xambioá, Miracema, Paraíso, Porto Nacional, Gurupi, Arapoema, Dianópolis, Arraias e Palmas (HGP, Hospital Infantil, Dona Regina, Secretaria, entre outros órgãos da saúde). Além desses, segundo o Sintras, está previsto para iniciar a paralisação no Hospital Materno Infantil em Palmas, Pedro Afonso, Araguaçu e Alvorada.
O presidente do Sintras, Manoel Pereira de Miranda, disse que o Sindicato continuará persistente na defesa dos direitos da categoria. “Continuaremos de portas abertas para negociação, o que não dá para aceitar são os descasos do governo com a classe, pois o que está sendo exigido é reconhecimento profissional e segurança no exercício da profissão tanto para os profissionais quanto para os pacientes, garantindo ainda um atendimento de qualidade a população”, reforça Miranda.
Ainda nesta sexta-feira, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Tocantins (Sintet) emitiu nota, apoiando a greve dos servidores estaduais da saúde.
Confira nota na íntegra a nota do Sintet:
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Tocantins (SINTET) vem através de nota, emitir apoio e solidariedade aos servidores estaduais da saúde no Tocantins e ao movimento grevista da categoria.
Na oportunidade, o SINTET parabeniza os servidores que fazem a luta e se mantém unidos em defesa dos direitos já conquistados pela classe, e parabeniza também a diretoria do sindicato representante dos trabalhadores em Saúde, o SINTRAS, pela coragem e determinação na representatividade da categoria.
O SINTET manifesta ainda votos de força e determinação a todos (as) os (as) trabalhadores (as) em greve, e ratifica que é necessário determinação e coragem para avançar nas conquistas, mas principalmente, união para pleitear a vitória.
O SINTET lamenta que o atual governo não tenha cumprido os compromissos com a saúde e com os trabalhadores (as), e clama para que a gestão estadual busque medidas rápidas para a garantia do serviço à sociedade, respeitando os trabalhadores (as) que zelam para sua execução.
José Roque Santiago
Presidente do SINTET
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