Sócios de empresa denunciada pela Sesau são presos pela PF em Palmas e Araguaína

Responsável pela operação, o delegado afirmou que os empresários continuam presos por serem suspeitos de cometer fraude em contrato público e que não poderão pagar fiança

Cirurgias cardíacas estão suspensas no HGP
Descrição: Cirurgias cardíacas estão suspensas no HGP Crédito: Foto: Divulgação

A Polícia Federal prendeu ontem, 5, em Palmas e Araguaína, dois sócios da empresa Cardiomed, fornecedora de insumos hospitalares para o governo do Estado. A empresa foi denunciada nesta quinta-feira, pela Secretaria Estadual da Saúde, à polícia, após servidores do Hospital Geral de Palmas perceberam que os lacres de validade dos produtos estavam adulterados. Os empresários são suspeitos de fraudar etiquetas de validade de materiais usados em cirurgias cardíacas.

 

As prisões foram confirmadas pelo delegado da Polícia Federal de Palmas, Danillo Robatto, ao T1 Notícias, na manhã desta sexta-feira, 6. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados. Responsável pela operação, o delegado afirmou que os empresários continuam presos por serem suspeitos de cometer fraude em contrato público e que não poderão pagar fiança para saírem da prisão, já que o caso se trata de “crime inafiançável assemelhado a hediondo”, disse Danillo Robatto.  

 

Segundo o delegado, se condenados, os empresários podem pegar de 10 a 15 anos de prisão, em regime fechado. Ainda de acordo com o delegado, os produtos apreendidos tanto em Palmas quanto em Araguaína serão periciados. “Não temos uma data precisa do resultado da perícia, mas acreditamos que leva de 15 a 20 dias para ser concluída”, afirmou Robatto.

 

Entenda

Nesta quinta-feira, a Secretaria Estadual da Saúde (Sesau), em nota à imprensa, informou que havia registrado um Boletim de Ocorrência da Polícia Civil contra a empresa Cardiomed, fornecedora de insumos para o governo do Estado, após suspeitar que o um material usado em cirurgias cardiovasculares teria tido validades adulteradas.

 

As cirurgias cardíacas foram suspensas, já que os materiais eram usados em procedimentos como angioplastias, cateterismos e implantes de marcapassos. A Sesau abriu uma sindicância para apurar o caso e deverá fazer uma nova licitação para retomar os atendimentos.

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