Após divulgação de documento oficial da Secretaria Nacional da Juventude que excluiu a região Norte do Brasil do Programa Estação da Juventude Itinerante por alegar, entre outros fatores, que os meios de transportes mais utilizados na região amazônica são barcos e aviões, e que o transporte por estradas só existe de verdade no sul e leste do Pará e no sul do Amazonas, a Secretaria da Juventude e dos Esportes do Tocantins enviou técnicos da Pasta à Brasília (DF) com o objetivo de reverter a decisão do Governo Federal de “excluir” o Tocantins do processo seletivo o Programa.
“Queremos corrigir uma grande distorção de informação sobre o Tocantins. Não podemos ser penalizados por dados que foram levantados de forma incorreta”, disse o secretário da Juventude e dos Esportes, Olyntho Neto. Nesta terça-feira, 30, técnicos da Sejuves estão participando, em Brasília (DF), de uma oficina do Programa a fim de fazer com que o Tocantins possa participar do processo seletivo que irá escolher sete estados a serem contemplados. Atualmente, o Estado possui mais de 5.400 km de estradas pavimentadas. Somente em 2011, foram restaurados 1.210,50 km, sendo que cerca de 90% dos municípios são interligados por meio de rodovias asfaltadas.
De acordo com a Secretaria Nacional de Juventude, o programa Estação Juventude, em seu módulo itinerante, irá utilizar ônibus para percorrer o interior dos estados. Além de estar voltado para a juventude negra, o foco serão também as áreas rurais com maior concentração de jovens. No caso do Tocantins, 21,3% da população vive na zona rural. Estão previstos convênios com os Estados no valor de até R$ 633 mil.
O documento do Governo Federal que “excluiu” estados como o Tocantins do Programa informa ainda que uma nova modalidade, que utilize algum tipo de embarcação, seja implantada para atender a região. “Para esta região é necessária, portanto, a implantação de uma modalidade itinerante que se adapte às especificidades da região, o que significa algum tipo de embarcação que transite por via pluvial. Em vista da complexidade da execução desse tipo de ação, consideramos difícil realizá-la nesta primeira fase de implantação experimental do programa”, apresenta o texto. Segundo Olyntho Neto, “não podemos aceitar que algo tão fora da nossa realidade possa ser tido como uma verdade que prejudique o nosso Estado”.
Estação Juventude
O Programa Estação Juventude oferecerá informações sobre programas e ações para os jovens, além de orientação, encaminhamento e apoio para que eles próprios tenham condição de construir as suas trajetórias e buscar as melhores formas para a sua formação.
O Programa será implantado em duas etapas: uma com a implantação de 20 unidades complementares, instaladas em equipamentos públicos municipais já existentes, que irão viabilizar o atendimento qualificado para jovens nestes locais, priorizando cidades com maior incidência de violência contra a juventude negra. O outro formato prevê sete unidades itinerantes, ou seja, ônibus que irão percorrer localidades diferentes para ampliar, territorialmente, o acesso a informações sobre estas políticas públicas
(Assessoria)
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