Tocantins é destaque com 6ª maior recuperação de áreas degradadas, aponta CLP

Estado lidera na Região Norte e avança em projetos de reflorestamento e preservação ambiental, segundo dados do Ranking de Competitividade dos Estados 2025

Crédito: Semarh/Governo do Tocantins

O Tocantins é o estado com maior recuperação de áreas degradadas da Região Norte e ocupa a 6ª posição no ranking nacional, segundo levantamento do Centro de Liderança Pública (CLP), com base em dados do MapBiomas e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

O desempenho positivo reflete o conjunto de ações implementadas no estado para revitalização ambiental, conforme análise do Centro de Inteligência Geográfica em Gestão do Meio Ambiente (Cigma), da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh).

 

Medidas estratégicas

Entre as ações para recuperação ambiental no Tocantins estão o projeto Tocantins Restaura e o programa Plantando Água. O Tocantins Restaura, que teve um protocolo de negociação firmado em janeiro na Suíça, prevê investimento inicial de R$ 120 milhões e pretende restaurar áreas como o Parque Estadual do Cantão, com a meta de recuperar até 12 mil hectares.

 

Já o Plantando Água avança para a região sudeste, após iniciar a execução no sul. A meta é recuperar 200 hectares de Áreas de Preservação Permanente (APPs) nas Bacias Hidrográficas dos rios Santo Antônio e Santa Tereza, Formoso, Lontra e Corda, e Manuel Alves da Natividade.

 

As mudas utilizadas nas ações são produzidas pelos viveiros do Centro de Recuperação de Área Degradada do Tocantins (Crad), localizados em Palmas, Gurupi, Araguatins e Natividade, com capacidade anual de produção de 400 mil mudas.

 

Os projetos contam com investimentos superiores a R$ 1,4 milhão, provenientes do Fundo Estadual de Recursos Hídricos, e com parcerias de instituições como Universidade Federal do Tocantins (UFT), Instituto Federal do Tocantins (IFTO), Colégio Agropecuário de Natividade e Universidade Estadual do Tocantins (Unitins).

 

“Esse resultado mostra que estamos trabalhando compromissados com o crescimento produtivo e econômico em todo o território tocantinense, de forma que possa garantir o sucesso da nossa estratégia de desenvolvimento sustentável. Seguimos unindo o esforço conjunto de todos os setores, em especial o da produção e do meio ambiente, para transformarmos em ativos ambientais essas áreas, o que agrega valor aos nossos produtos, um requisito que já vem sendo exigido no mercado nacional e internacional”, destacou o governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa.

 

O secretário estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Marcello Lelis, também comemorou a posição. “O governador Wanderlei Barbosa determinou a articulação entre os setores e é o que estamos fazendo, além do investimento no conjunto de medidas que transformem em ativos as superfícies impactadas no estado, com a recuperação de áreas degradadas. E o Tocantins imprime no resultado desse ranking o seu compromisso e a dedicação à estratégia da gestão estadual integrada para o desenvolvimento sustentável”, afirmou.

 

A diretora de Inteligência Ambiental, Clima e Floresta da Semarh, Cristiane Peres, ressaltou que o avanço é resultado da adoção de tecnologias e da incorporação de especialistas para fortalecer a gestão técnica. “Bem como a incorporação de especialistas para compor a gestão de equipes técnicas desde a estrutura de inteligência ambiental, às ações práticas desenvolvidas por meio de programas e políticas públicas de nossos diversos setores e instituições, em campo”, explicou.

 

O coordenador do Cigma, professor doutor da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Marcos Giong, observou que o levantamento considerou uma metodologia padronizada para todos os estados. “A publicação indicou o responsável pelo levantamento e a fonte dos dados utilizados, e um padrão na métrica para todas as unidades analisadas, não tendo apenas o período de referência da pesquisa. Vale ressaltar que esse tipo de estudo é extremamente complexo”, ponderou.

 

Ranking nacional

O ranking de recuperação ambiental considera a proporção da área total modificada de uso antrópico (agropecuária ou áreas não vegetadas) para formações naturais (florestas ou outras formações naturais) em relação à área geográfica total dos estados.

 

O Tocantins aparece com índice de 0,42%, atrás do Espírito Santo e Maranhão (0,51%), Distrito Federal (0,47%), Goiás (0,44%) e Minas Gerais (0,43%). Na sequência estão Mato Grosso do Sul, Sergipe, Alagoas, Rio de Janeiro, Bahia, São Paulo, Mato Grosso, entre outros estados.

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