Tocantins já notificou 27 casos de sarampo; 16 foram confirmados em Campos Lindos

Palmas, Porto Nacional, Nova Olinda e Araguaína também têm registros da doença no estado; casos estão sob investigação

Crédito: Divulgação SES-TO/Governo do Tocantins

A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) informou que, até a manhã desta segunda-feira, 4 de agosto, o Tocantins notificou 27 casos de sarampo. Desse total, 16 foram confirmados no município de Campos Lindos. Outros quatro casos foram descartados: dois em Palmas e dois em Porto Nacional. Nove casos seguem em investigação, distribuídos entre Campos Lindos (2), Palmas (3), Nova Olinda (1) e Araguaína (1). Todos os pacientes têm histórico de contato com viajantes vindos de países com circulação do vírus, não foram vacinados, apresentaram sintomas típicos da doença e estão em cuidados domiciliares.

 

A pasta informou ainda que, desde o dia 19 de julho, mantém equipes de vigilância em saúde em Campos Lindos para reforçar as ações de contenção do surto de sarampo no município. As medidas incluem orientação sobre isolamento dos casos confirmados e vacinação dos contatos próximos. O órgão também encaminhou notas técnicas aos 139 municípios tocantinenses com diretrizes para as áreas de vigilância e imunização. Entre julho e agosto de 2025, quase oito mil doses da vacina foram aplicadas no estado. Atualmente, todas as 323 salas de vacinação do Tocantins estão abastecidas com o imunizante.

 

A doença

O sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, altamente transmissível, por via aérea, ao tossir, espirrar, falar ou respirar.  Ao ser contaminado, o paciente tem de sete a 14 dias de período de incubação e a transmissão pode ocorrer entre seis dias antes e quatro dias após o aparecimento dos sintomas que compreendem corpo e febre alta, manchas avermelhadas, tosse, coriza e conjuntivite. Podem ocorrer complicações como pneumonia, encefalite e óbito.

 

Prevenção

O sarampo tem prevenção por vacinação disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) e o esquema vacinal recomendado é o seguinte:

-Crianças de seis a 11 meses e 29 dias: dose zero com a vacina dupla viral;

-Crianças de 12 meses: primeira dose (D1) da tríplice viral e, após 30 dias, segunda dose (D2) com a tetraviral (ou tríplice viral + varicela);

-Crianças de 15 meses a quatro anos 11 meses e 29 dias: segunda dose (D2) da tríplice viral, se já vacinadas aos 12 meses;

-Pessoas de cinco a 29 anos: duas doses da tríplice viral, se sem histórico vacinal ou com esquema incompleto;

-Pessoas de 30 a 59 anos: dose única da tríplice viral;

-Trabalhadores da saúde: duas doses da tríplice viral, independentemente da idade.

 

Além da vacinação, o isolamento é outra forma de evitar a transmissão. Desta forma, a pessoa com suspeita ou confirmação de sarampo deve evitar a ida ao trabalho ou escola por pelo menos quatro dias, a partir da data de aparecimento do exantema, além de evitar o contato com pessoas que são mais vulneráveis à infecção, como crianças pequenas e mulheres grávidas.

 

Outras medidas para evitar a transmissão são: limpeza regular de superfícies; isolamento domiciliar para a pessoa que estiver com suspeita no período de transmissão; distanciamento social em locais de atendimento de pessoas com suspeita da doença; cobrir a boca ao tossir ou espirrar e o uso de lenços descartáveis e higiene das mãos com água e sabão, e/ou álcool em gel.

 

Tratamento

Não existe tratamento específico para o sarampo e os medicamentos são utilizados para reduzir o desconforto ocasionado pelos sintomas da doença. A orientação da SES-TO é procurar o serviço de saúde mais próximo, caso apresente os sintomas, para a prescrição médica adequada.

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