Tocantins já tem mais de 850 casos de chikungunya confirmados este ano

Em 2016, de janeiro a maio, foram 1.500 casos notificados e 236 confirmados. Neste mesmo período de 2017 foram 4.002 casos notificados e 888 confirmados

Casos da doença aumentam no Tocantins
Descrição: Casos da doença aumentam no Tocantins Crédito: Foto: Nielcem Fernandes

A Secretaria de Estado da Saúde identificou que aumentou o número de casos de chikungunya no Tocantins este ano. Em 2016, de janeiro a maio, foram 1.500 casos notificados e 236 confirmados. Neste mesmo período de 2017 foram 4.002 casos notificados e 888 confirmados. Mutirões semanais e atividades de mobilização social para enfrentamento ao mosquito transmissor da doença são algumas das ações que o Estado tem realizado como estratégias de combate ao Aedes aegypti e, consequentemente, a dengue, zika e chikungunya.

 

A Gerência de Vigilância Epidemiológica das Arboviroses da Secretaria de Saúde também está monitorando todos os casos suspeitos das doenças, orientando e recomendando aos 139 municípios a notificação e investigação dos casos, conforme é preconizado pelas portarias e protocolos do Ministério da Saúde. “A chikungunya é uma doença relativamente nova, ainda carente de mais estudos que mostrem como é o real comportamento dela nas pessoas e no vetor. No entanto, com o baixo número de casos registrados em 2016 em nosso Estado, pode-se apontar que ainda há um grande número de pessoas suscetíveis ao vírus em 2017. Portanto, enquanto o mosquito estiver circulando em grande quantidade, o vírus continuará afetando as pessoas não imunes”, lembrou o gerente Evessom Farias.

 

Pela dificuldade de controle em decorrência da limitação de estudos relacionados à chikungunya, o Estado convoca a população a fazer sua parte. “Temos levado informações diretamente aos secretários municipais de saúde utilizando espaços proporcionados pela Comissão Intergestores Bipartite (CIB), indo diretamente aos municípios e realizado webconferências para dezenas de equipes técnicas municipais simultaneamente. Tudo isso é importante para alinharmos as orientações, mas nada disso tem total eficácia se o cidadão não fizer sua parte, não limpar seu quintal, não jogar o lixo no local correto e evitar deixar expostos recipientes que acumulem água”, reforçou o secretário de Estado da Saúde, Marcos Musafir.

 

“Até o mês de maio, 345 kg de larvicida e 4.500 litros de adulticida (fumacê), foram distribuídos aos municípios. Além disso, o Estado continua distribuindo 30 mil unidades de sacos plásticos e 800 kits para os agentes de endemias de todos os 139 municípios fortalecerem o combate ao mosquito”, disse Evessom Farias. A Secretaria também tem distribuído regularmente kits para diagnósticos, como o Teste Rápido de Zika IgM/IgG à todos os municípios tocantinenses. “Os testes de sorologia para dengue e chikungunya têm sido ofertados tanto pelo Laboratório de Saúde Pública de Araguaína (LSPA) quanto pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Tocantins (Lacen). Os de Biologia Molecular, pela metodologia de PCR em tempo real, têm sido analisados apenas pelo Lacen, devido à exigência de alta capacidade tecnológica, de equipamentos caros e de profissionais altamente capacitados”, destacou o gerente.

 

Controlando a proliferação do Aedes

É importante que todo cidadão esteja mobilizado para o combate ao mosquito, para tanto, algumas ações são importantes:

 

Dentro de casa: tampe os tonéis e caixas d’água; mantenha as calhas sempre limpas; deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo; mantenha lixeiras bem tampadas; deixe ralos limpos e com aplicação de tela; limpe semanalmente ou preencha pratos de vasos de plantas com areia; limpe com escova ou bucha os potes de água para animais e retire água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa.

 

Nos quintais e áreas externas de condomínios: cubra e realize manutenção periódica de áreas de piscinas e de hidromassagem; limpe ralos e canaletas externas; atenção com bromélia, babosa e outras plantas que podem acumular água; deixe lonas usadas para cobrir objetos bem esticadas, para evitar formação de poças d’água e verifique instalações de salão de festas, banheiros e copa.

 

(Com informações da Ascom/Sesau)

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