O Tocantins registrou uma redução no desmatamento durante os primeiros seis meses de 2025. De acordo com o Boletim Mensal de Desmatamento nº 10/2025, divulgado nesta sexta-feira, 11, pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), a área desmatada no período somou 748,3 km² – 20,7% a menos em relação ao mesmo período de 2024, quando foram registrados 943,2 km².
Os dados foram consolidados pelo Centro de Inteligência Geográfica em Gestão do Meio Ambiente (Cigma/Semarh) e revelam que a maior parte do desmatamento ocorreu dentro da legalidade. Do total registrado, 72,9% aconteceram com autorização ambiental válida. Outros 6,1% referem-se a áreas autorizadas com deslocamento e em processo de regularização.
O desmatamento não autorizado representa 21% da área total suprimida no semestre. O Governo do Tocantins mantém como meta alcançar desmatamento ilegal zero até 2030.
“Esta redução de 20,7% da área desmatada do Tocantins no primeiro semestre de 2025 é resultado de um conjunto de medidas adotadas pelo governo do estado, com destaque para o Pacto pelo Desmatamento Ilegal Zero até 2030, firmado entre o governo do Estado e o setor produtivo; outro ponto foi o fortalecimento institucional e o fomento das ações de prevenção, comando e controle, combate e monitoramento previstos no Plano de Prevenção e Combate aos Desmatamentos e Incêndios Florestais (PPCDIF). É importante ressaltar o investimento de cerca de R$ 5 milhões no fortalecimento da estrutura tecnológica, aquisição de equipamentos, desenvolvimento do módulo de análise da regularização ambiental e na integração de sistemas de monitoramento; além do incentivo à produção sustentável”, explicou o titular da Semarh, Marcello Lelis.
O boletim também destaca que os meses de abril, maio e junho concentraram os maiores índices de desmatamento no Tocantins. O aumento no período coincide com a estação seca, quando as condições climáticas favorecem intervenções no solo.
A análise por bioma revela que o Cerrado foi o mais afetado, com 747,2 km² de vegetação suprimida. Já no Bioma Amazônico, localizado na região norte do estado, o desmatamento foi de 1,1 km² no primeiro semestre deste ano.
Boletim mensal
Os dados apresentados neste boletim são provenientes do sistema Deter (Avisos) do Inpe, de Detecção de Desmatamento em Tempo Real e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e consolidados pelo Cigma/Semarh, uma ferramenta estratégica do Órgão no acompanhamento e controle das mudanças de uso do solo em todo o estado.
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