A Universidade Federal do Tocantins (UFT) recebeu a concessão de uma nova patente, desta vez para uma geleia de guapeva (Pouteria cf. Guardneriana Radlk), fruto abundante na Amazônia Legal. O diferencial do produto está na substituição total da pectina comercial por albedo de maracujá, um subproduto sustentável da indústria alimentícia.
Desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos (Ppgcta) da UFT, em Palmas, o projeto foi liderado pela professora Dra. Glêndara Aparecida de Souza Martins, com colaboração de pesquisadores da Universidade Federal de Lavras (UFLA) e da Universidade Federal de Roraima (UFRR). O pedido de patente, protocolado em março de 2020, foi aprovado com o número BR 10 2020 005597-6.
A geleia de guapeva é rica em vitaminas e compostos bioativos, além de ser uma solução para aproveitar frutos sazonais e perecíveis. Segundo a professora Glêndara, a tecnologia utilizada reduz custos e agrega valor econômico e nutricional ao produto. "O projeto consistiu no desenvolvimento de um produto de alto valor comercial a partir de um fruto abundante na Amazônia Legal brasileira, a guapeva. Utilizamos tecnologias sustentáveis que aproveitam subprodutos da indústria alimentícia, reduzindo custos e agregando valor econômico e nutricional. A geleia é rica em vitaminas e compostos bioativos, sendo uma solução para superar a sazonalidade e perecibilidade dos frutos", destacou.
UFT e inovação
A UFT possui 62 patentes depositadas, sendo nove já concedidas, além de 83 softwares registrados e duas marcas. Para a professora Claudia Auler, diretora de Inovação e Transferência de Tecnologia da Inovato (agência de inovação da UFT), a patente reforça o compromisso da universidade com a pesquisa aplicada e a economia circular.
Os interessados em conhecer mais detalhes sobre as tecnologias desenvolvidas pela UFT podem acessar a vitrine tecnológica e o portfólio de patentes no site da Inovato.
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