Em meio à greve dos servidores da Universidade Federal do Tocantins (UFT), deve entrar em pauta da reunião do Conselho Universitário (Consune) a possibilidade de suspensão do calendário acadêmico vigente da instituição. Segundo o reitor, Márcio da Silveira, está sendo elaborada uma nota técnica que deve avaliar a viabilidade legal de suspender o calendário.
O reitor afirmou que “suspender ou cancelar o calendário tem implicações muito sérias”, por isso o procurador da UFT está avaliando todas questões judiciais para levar à reunião do conselho. No dia 17 de junho, na reunião do Consune, será marcada uma nova reunião com pauta única sobre a suspensão do calendário.
Alguns docentes e técnicos administrativos, além de estudantes da universidade são favoráveis à suspensão do calendário. Segundo uma professora do Campi de Palmas que preferiu não se identificar, isso daria a garantia aos alunos de que as aulas serão repostas ao fim da greve.
O reitor, no entanto, disse que “é muito complexo essa questão de suspender o calendário. Por enquanto, não está suspenso”. Ele afirmou, que “inclusive está tendo aula normalmente em alguns dos Campis”.
As opiniões ainda são bem relativas em relação à suspensão do calendário acadêmico da universidade, já que alguns professores não aderiram à greve. A estudante de Comunicação Social - Jornalismo, Lauane dos Santos disse que é contra a suspensão geral do calendário, já que isso traria prejuízos a quem não aderiu à greve. “Sei que a situação é bastante complicada para ser definida apenas em ser a favor ou contra”, ponderou a estudante.
“O calendário poderia ser suspenso agora e recomeçar em agosto, mais para que não fique essa confusão de uns dando aula e outros não” disse Lauane, acrescentando que "suspender o calendário geral, nesse caso, seria "obrigar" todos a serem a favor dessa greve. E não pode ser essa a intenção".
O Conselho Universitário é o órgão deliberativo e normativo superior da Universidade, constituído pelo reitor, como presidente, pelo vice-reitor, pelos pró-reitores e pelos coordenadores de Campi, além de representantes dos discentes e de servidores técnico-administrativos. É o Consune que tem autonomia para decisões como suspensão do calendário acadêmico.
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